Ebola: morre religiosa congolesa. Preocupação nas fronteiras
Monróvia
(RV) – A religiosa congolesa Chantal Pascaline, 47 anos, que trabalhava com o
padre espanhol infectado pelo vírus do Ebola em um hospital da Libéria, morreu sábado,
9, devido à febre hemorrágica, informou a Ordem Hospitaleira de São João de Deus.
Em
comunicado, a ordem religiosa informa que está preparando uma equipe de profissionais
de saúde para enviar o mais rapidamente possível à região, no âmbito da campanha "Paremos
o ebola na África Ocidental".
A Libéria é um dos quatro países da África Ocidental
que enfrentam o pior surto de ebola das últimas quatro décadas. A epidemia é considerada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência internacional.
Desde fevereiro,
o vírus infectou mais de 1.700 pessoas - mais de 900 morreram, na Serra Leoa, Guiné-Conacri,
Libéria e Nigéria, segundo a OMS.
Entretanto, a Guiné anunciou o fechamento
de suas fronteiras com a Serra Leoa e com a Libéria, em uma tentativa de conter a
propagação do Ebola.
Em Gana, os bispos pedem ao governo medidas para prevenir
a chegada do vírus ao país. A Igreja está preocupada que o contágio possa chegar através
dos pescadores que estiveram nos países atingidos.
Em nota, o Presidente da
Conferência Episcopal, Dom Joseph Osei-Bonsu, diz que este é um problema sério para
suas famílias e para toda a nação. E convida as autoridades a submeter os pescadores
a controles médicos específicos antes de seu retorno à casa.
Para os bispos
ganeses, é urgente promover uma campanha de informação e sensibilização da opinião
pública sobre a prevenção, a transmissão e os cuidados a adotar. Ainda não existem
vacinas nem tratamentos específicos para o vírus; apenas uma terapia experimental
que está sendo aplicada nos EUA em dois médicos missionários contagiados na África.
(CM)