2014-08-08 18:58:03

OMS: epidemia de ébola é emergência de saúde pública de ordem mundial


Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira uma emergência de saúde pública mundial pela epidemia de Ébola na África Ocidental, que deixou até agora mais de mil mortos.
O comité de urgência da OMS, que se reuniu nesta quarta e quinta-feira em Genebra, "considera de forma unânime que são dadas as condições" para declarar "uma emergência de saúde pública de alcance mundial", segundo indicou o comité num comunicado.

"Uma resposta internacional coordenada é essencial para travar e fazer retroceder a propagação internacional do Ébola", acrescentou o comité.
A epidemia de Ébola é a mais importante e a mais severa em quatro décadas, ressaltou numa conferência de imprensa a directora-geral da OMS, Margaret Chan.

A directora estimou que os países da África Ocidental afectados pela epidemia "não podem enfrentá-la sozinhos" e convocou "a comunidade internacional a fornecer o apoio necessário".

Embora o comité tenha excluído impor restrições às viagens ou ao comércio internacional, indicou que os "Estados devem se preparar para detectar e tratar os casos de doentes" e "facilitar a evacuação de seus cidadãos, em particular as equipes médicas, expostas ao Ébola".

O comité ressalta que os chefes de Estado dos países afectados têm que decretar estado de emergência e "se dirigir pessoalmente ao país para fornecer informação sobre a situação".

Keiji Fukuda, vice-director-geral da OMS encarregado da epidemia, explicou que as pessoas atingidas precisam ficar 30 dias em quarentena porque o tempo de incubação do vírus é de 21 dias.
As pessoas que estão em contacto com os doentes - com excepção das equipas médicas, que têm uma roupa de protecção - não devem viajar, disse Fukuda que também pediu que a tripulação dos voos comerciais receba informação e material médico para se proteger e proteger os passageiros.
O comité da OMS também recomenda que todos os viajantes procedentes dos países afectados façam um check-up, respondendo a um questionário e medindo a temperatura, nos aeroportos, portos e nos principais postos fronteiriços.








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