2014-08-05 18:27:43

Card. Parolin: "Coréia, de terra de missão, tornou-se missionária"


Roma (RV) – "Graças também à garantia da plena liberdade religiosa, a Igreja na Coréia transformou-se em uma planta vigorosa com tantos ramos. De terra de missão, tornou-se missionária”. Foi o que declarou o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, em entrevista concedida à revista ‘Famiglia Cristiana’, ao traçar um panorama do país asiático a ser visitado pelo Papa Francisco, de 14 a 18 de agosto.

Mesmo com as dificuldades encontradas pelos cristãos na China, Coréia do Norte e Vietnã, Dom Parolin apresentou um quadro encorajador da Igreja no Oriente, sobretudo na Coréia: “Uma pesquisa recente – observa o Cardeal Secretário de Estado - revelou que a Igreja Católica na Coréia, com os seus 5.442.996 fiéis (eram 250 mil em 1955) em uma população de 52.127.386 habitantes (10,4%) é a organização religiosa com maior influência na sociedade local”.

Dom Parolin explicou que a contribuição da Igreja Católica ao desenvolvimento da Coréia nos vários setores “é muito apreciada”, citando então os “328 institutos de educação, - formados por escolas maternas, superiores, universidades e centros de educação especial -, os 200 centros caritativos e sociais, os 40 hospitais, 9 leprosários, 513 casas para idosos, inválidos e deficientes, 277 orfanatrófios e jardins de infância, 83 consultórios familiares, além de outros centros para a proteção da vida".

O Cardeal recordou com prazer “o reconhecimento que é atribuído aos católicos pela sua leal e diligente participação na vida civil da nação, a sua abordagem específica ao desenvolvimento humano mediante a difusão dos ideais evangélicos e o influxo positivo sobre a modernização no seu conjunto”.

“Nos últimos cinqüenta anos – disse ele - a semente de mostarda da comunidade cristã coreana, graças também à garantia da plena liberdade religiosa, transformou-se em uma planta vigorosa com tantos ramos. A Coréia, terra de missão, tornou-se missionária”.

“Com a visita do Papa Francisco – acrescentou -, a Igreja terá a oportunidade de refletir novamente sobre o papel e a missão na difusão da Boa Nova e sobre o "crescer na paixão missionária"”. “Atualmente – observou - existem 957 missionários, sacerdotes religiosos e religiosos coreanos que atuam em 77 países na Europa, Oceania, América Latina em, em particular, na Ásia”.

Por fim, Dom Parolin concluiu afirmando que “na história da Coréia é palpável que o Evangelho é capaz de inculturar-se e levar frutos a todos os ambientes, respondendo assim às expectativas e às aspirações mais profundas dos povos”.

Antes de falar da Coréia, o Cardeal Parolin comentou a situação dos cristãos na China, observando que “A Igreja Católica na República Popular da China é viva e ativa. Busca ser fiel ao Evangelho e caminha em meio a condicionamentos e dificuldades. A Santa Sé é a favor de um diálogo respeitoso e construtivo com as autoridades civis para encontrar soluções aos problemas que limitam o pleno exercício da fé dos católicos e para garantir o clima de uma autêntica liberdade religiosa”. (JE)









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