2014-07-29 16:12:42

Alcançado acordo entre governo e oposição, em Moçambique


Em Moçambique, depois de longas negociações, foi alcançado um acordo entre o partido no governo Frelimo e o principal partido da oposição, Renamo, que há cerca de um ano e meio tinham voltado a confrontar-se nas regiões centrais do país, depois de terem combatido entre 1975 e 1992 uma longa guerra civil. O acordo apenas alcançado prevê a integração dos combatentes da Renamo nas Forças armadas e da Polícia e deveria facilitar a realização pacífica das eleições gerais de 15 de Outubro próximo.

O Governo moçambicano e a Renamo, principal partido da oposição, alcançaram nesta segunda-feira um consenso sobre o documento-base para o fim da crise no país, faltando somente garantias sobre a forma como será implementado o fim dessa mesma crise.
"A ronda que deu origem a esse acordo teve características muito especiais pelo facto de termos alcançado consensos para o documento-base que já agrega todos os elementos essenciais do processo de cessação das hostilidade militares", disse José Pacheco, chefe da delegação do Governo, que deu essa noticia numa conferência de imprensa no final do encontro, entre a delegação do Governo e a da Renamo.


Segundo Pacheco, o entendimento alcançado prevê a integração do braço armado da Renamo nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia da República de Moçambique (PRM), bem como a sua reinserção social e económica.

"Conseguimos ter um entendimento à volta das questões militares, em que, terminado este processo, nenhum partido terá elementos armados", acrescentou Pacheco.


Após o consenso alcançado em torno das questões essenciais, as duas partes vão passar à discussão de garantias de aplicação do acordo e serão convidados observadores militares internacionais, visando a fiscalização das etapas acordadas, disse José Pacheco que adiantou que a execução dos entendimentos alcançados entre as duas partes terá a duração de 90 dias, a contar do início da fiscalização por parte dos observadores, com o objectivo de garantir que as eleições gerais de 15 de Outubro próximo sejam realizadas num clima de estabilidade.


Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, qualificou como "pequenos aspectos" as questões que faltam concluir nas negociações, apontando que as matérias ainda pendentes podem ser ultrapassadas já na próxima ronda de conversações entre as partes.
Em conformidade com o jornal local Noticias o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já abandonou a zona de Nhadombe, na Gorongosa, onde estava refugiado desde o dia 21 de Outubro e estaria a aguardar apenas pelos últimos acertos para se lançar na campanha eleitoral.









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