Adesão da Guiné Equatorial à CPLP provoca polémica em Portugal. Frei Fernando Ventura:
“é tempo de os homens-bons se levantarem e falarem”
A Plataforma
Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento anunciou em
Lisboa a suspensão das funções de observadora consultiva da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa, na sequência da adesão da Guiné Equatorial. Em carta dirigida
ao secretário executivo da CPLP - Murade Murargy, com conhecimento do secretário de
Estado da Cooperação portuguesa, dos embaixadores dos Estados-membros e dos restantes
observadores consultivos da lusofonia, a Plataforma comunica ainda que, na próxima
assembleia geral, "será levada a votação a proposta de exclusão definitiva como observadora
consultiva" da organização lusófona. Uma posição critica das Organizações Não
Governamentais que consideram que "A CPLP não é - nem pode converter-se - num clube
de negócios, em que os interesses estritamente económicos de uma elite se sobrepõem
aos direitos humanos e à dignidade de muitos”. De Lisboa, Domingos Pinto. A entrada da Guiné
Equatorial na CPLP foi também comentada e refletida pelos bispos lusofonos reunidos
em Luanda, Angola num encontro que terminou ontem segunda-feira dia 28. Uma das primeiras
reações foi a do Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente que aqui demos em primeira
mão e que agora recordamos: Na linha desta
reação de D. Manuel Clemente, Frei Fernando Ventura, biblista capuchinho que tem vindo
a colaborar com a nossa redação em várias ocasiões, formulou um comentário no qual,
referindo-se aos bispos lusófonos, afirmou que “este é o tempo para que os homens-bons
se levantem e reajam...” Ouçamos as suas declarações: A adesão da Guiné
Equatorial à CPLP continua a provocar polémica em Portugal.
Foto: Primeiro-ministro
português abraça Xanana Gusmão, primeiro-ministro de Dili, na recente Cimeira da CPLP
que admitiu como novo membro a Guiné Equatorial