Novo apelo da ONU: cessar-fogo humanitário imediato e incondicional em Gaza
Nova Iorque (RV) - O Conselho de Segurança adotou nos primeiros minutos desta
segunda-feira uma declaração pedindo a implementação de um cessar-fogo imediato e
incondicional entre Israel e a Faixa de Gaza.
O encontro de emergência foi
anunciado no final da noite de domingo, em Nova Iorque, para debater a situação de
violência no Oriente Médio.
O presidente rotativo do Conselho, o embaixador
de Ruanda, Eugene- Richard Gasana, leu a declaração, dizendo que o órgão da ONU apoia
fortemente a implementação de um cessar-fogo humanitário imediato e incondicional.
O
embaixador ruandês afirmou ainda que o Conselho de Segurança expressa "grande preocupação"
com a piora da situação em Gaza e com a morte e ferimentos de civis. Gasana disse
que os lados do conflito precisam tomar as medidas necessárias para proteger os civis.
A
declaração presidencial lembrou que a vida dos civis e dos trabalhadores humanitários
tem que ser respeitada. O documento elogiou ainda o trabalho da Agência de Assistência
a Refugiados Palestinos, Unrwa, e de outras entidades humanitárias na região.
O
presidente do Conselho de Segurança disse que os dois lados têm que produzir uma solução
pacífica de dois Estados: Israel e Palestina vivendo lado a lado e pacificamente.
De
acordo com agências de notícias, um cessar-fogo de 24 horas teria sido desrespeitado
pelo movimento islâmico Hamas, que acusa Israel de não cumprir a trégua, renovada
neste domingo, após o lançamento inicial de uma pausa humanitária de 12 horas no sábado.
Mais
de 1030 palestinos morreram, a maioria civis, e 43 soldados israelenses além de dois
civis perderam a vida desde o início dos combates entre os dois lados há mais de duas
semanas.
Na sexta-feira, durante visita ao Cairo, no Egito, para discutir um
cessar-fogo, o secretário-geral, Ban Ki-moon, pediu uma pausa humanitária de sete
dias.