Gaza (RV) - “Progressos” para
um cessar-fogo na Faixa de Gaza: foi o que disse o Secretário de Estado estadunidense
Kerry, após o encontro em Tel Aviv com o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, antes
de se transferir à Arábia Saudita. Nos céus de Israel retornam a voar as companhias
americanas, mas na terra continua a aumentar o balanço das vítimas: 718 palestinas
e 34 israelenses. A ação militar israelense poderia ser considerada um crime de guerra:
foi o que declarou o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay,
que também condenou os ataques indiscriminados de Hamas.
A decisão desse organismo
das Nações Unifas de constituir uma Comissão internacional de investigação sobre todas
as violações dos direitos humanos em Gaza encontrou a reação do premier israelense
Netanyahu, que a definiu uma “farsa” as acusações de sua presidente, Navi Pillay,
de que Israel teria cometido “possíveis crimes de guerra”.
Os esforços diplomáticos
para estabelecer uma trégua humanitária, que viram nas últimas horas muito comprometrido
na região o Secretário de Estado dos EUA Kerry, teve uma resposta parcial do líder
de Hamas, Khaled Meeshal que a condicionou ao levantamento do bloqueio de Gaza que
Israel não tem a intenção de atuar.
Não há sinais de cessação ou diminuição
do conflito: os ataques aéreos e a operação terrestre israelenses na Faixa de Gaza
continuam, elevando o número de vítimas e cada vez mais agravando o que já se tornou
um desastre humanitário; como continuaram os ataques de foguetes palestinos contra
o território israelense que causaram uma suspensão parcial de vôos de muitas companhias
aéreas, saudada como uma "vitória" por Hamas, mas causou sérios transtornos também
a grupos de peregrinos na Terra Santa. Uma companhia italiana concordou em utilizar
o aeroporto de Eilat, no Mar Vermelho. (SP)