Papa Francisco encontrará 50 mil coroinhas alemães em agosto
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco encontrará em 5 de agosto, às 18
horas, cerca de 50 mil coroinhas alemães, acompanhados por familiares, párocos e bispos,
segundo informou a Conferência Episcopal Alemã. No dia 4 de agosto, na Sala Marconi
da Rádio Vaticano, serão fornecidas maiores informações sobre a peregrinação, durante
uma coletiva de imprensa.
No âmbito da Plenária da Conferência Episcopal alemã
realizada em Münster, em março passado, foi apresentada a peregrinação conjunta nacional
dos ministrantes alemães. A vinda a Roma de 4 a 8 de agosto é considerada como a primeira
etapa da peregrinação dos ministrantes europeus que será realizada de 3 a 5 de agosto
de 2015, na capital italiana. O evento, programado e organizado pelo Coetus Internationalis
Ministrantium (CIM), terá como tema central o versículo do Profeta Isaías “Eis-me
aqui, envia-me!”.
Esta peregrinação nacional terá a participação de 26 dioceses
alemãs, da Arquidiocese de Viena e de um grupo proveniente da Letônia. Este ano o
lema será “Livres! Porque é permitido fazer o bem”, inspirado no Evangelho de Mateus
(Mt 12,12). A logomarca da peregrinação representa a Praça São Pedro tendo ao centro
a palavra “Frei!” (‘livres’), circundada por dois semi-círculos não totalmente fechados,
indicando uma relação de união e irmandade entre os homens, mas sobretudo em relação
a Deus.
Na Alemanha existem cerca de 430 mil “ministrantes”. A figura do coroinha
é uma das mais caras à história e à tradição secular da Igreja. O coroinha é uma criança
ou adolescente, que realiza um serviço de assistência aos sacerdotes e aos diáconos
durante a liturgia. É também aquele que, mediante um longo percurso de formação e
de oração, passa a fazer parte da Igreja em uma união amorosa com Deus. Desde o Concílio
Vaticano II este “pequeno padre” é definido como “ministrante”, por isto se fala de
“Peregrinação dos Ministrantes”, do latim ministrans, aquele que presta serviço.
Durante
a Audiência Geral de 4 de agosto de 2010, Bento XVI acolheu 55 mil ministrantes de
17 países europeus, ocasião em que lhe foi apresentada uma estátua de São Tarcisio,
padroeiro dos coroinhas. Tarcisio sofreu o martírio quando era adolescente. Ao levar
a Eucaristia a cristãos na prisão, foi descoberto. Comprimiu então contra o peito
o Corpo de Jesus para que este não caísse em mãos profanas. Então, foi assassinado.
Na
Alemanha é muito importante a figura do ministrante dentro da Igreja. Cada diocese
tem uma pastoral dedicada a eles, que têm uma coordenação nacional. Cada bispo tem
um ou dois responsáveis pelos ministrantes. Após o Concílio, a Igreja alemã abriu
as portas também às meninas.
Grande parte dos ex-coroinhas alemães permanece
ativo até o fim da universidade. Os ministrantes têm jornal, rádio e transmissões
na TV. “Coroinha ou ministrante não é uma questão de palavra”, disse Dom Martin Gachter,
Bispo Auxiliar de Basiléia e Presidente Europeu do CIM (‘Coetus internationalis
ministrantium’).
Os ministrantes são a primeira organização católica da
Alemanha. Na Igreja conquistaram espaços e admiração. Por este motivo, desde o início
do terceiro milênio, com o Papa João Paulo II em 2001, eles dirigem-se a Roma em grande
número para saudar e rezar pelo Bispo de Roma.
Já de 25 de agosto a 31 de agosto,
será realizada a “Peregrinação nacional dos ministrantes franceses”. (JE)