Oposição à adesão da Guiné Equatorial deixaria Portugal isolado
Esta foi a
justificação dada em Díli pelo 1° Ministro português para a admissão do regime de
Obiang na CPLP, uma adesão confirmada na décima cimeira da Comunidade de Países de
Língua Portuguesa que desta vez se realiza na capital timorense.
Passos Coelho
adiantou que houve uma articulação com o Presidente da República Cavaco Silva sobre
este assunto, e afirmou ainda que não tem "a consciência à mercê de decisões desta
matéria", referindo que as condições para a adesão da Guiné Equatorial foram acordadas
por “Governo anterior”, considerando que não pode haver duas palavras quanto às condições
de entrada.
Questionado se, tendo em conta a situação dos direitos humanos
na Guiné Equatorial, não lhe pesa na consciência a entrada deste país na CPLP, Passos
Coelho invocou o dever de cumprir e honrar as orientações assumidas por Portugal,
e lembrou que está em causa "um roteiro" estabelecido em 2010 por "todos os chefes
de Estado e de Governo" com um conjunto de condições.
Uma cimeira que encerra
com o presidente moçambicano a apontar sete grandes linhas de orientação para o futuro
próximo da CPLP.
A Guiné-Equatorial é o nono país a integrar a Comunidade de
Países de Língua Oficial Portuguesa, organização que admitiu também mais 4 países
como observadores: Turquia, Geórgia, Namíbia e Japão.