Paz na Terra Santa – o apelo do Papa suscitou orações em Roma, Jerusalém, Gaza e em
todo o mundo
Na noite
desta quinta-feira, em resposta ao apelo do Papa Francisco no Angelus de domingo
passado para continuarmos “a rezar com insistência pela paz na Terra Santa", aconteceram
em Roma, em Jerusalém, em Gaza e noutras partes do mundo várias vigílias de oração
que juntaram muitos grupos de fiéis. Como disse o Santo Padre no domingo dia 13,
trata-se de uma oração que "nos ajuda a não deixar-nos vencer pelo mal", para que
o ódio não prevaleça "sobre o diálogo e a reconciliação". Recordemos um excerto das
palavras do Papa Francisco:
“Dirijo a todos vós um premente apelo para
que continueis a rezar com insistência pela paz na Terra Santa, à luz dos trágicos
acontecimentos dos últimos dias. Ainda tenho na memória a viva recordação do encontro
do passado 8 de Junho, com o Patriarca Bartolomeu, o Presidente Peres e o Presidente
Abbas, com os quais invocámos o dom da paz e escutámos a chamada para quebrar o ciclo
do ódio e da violência. Alguns poderiam pensar que esse encontro realizou-se em vão.
Mas pelo contrário não, porque a oração nos ajuda a não nos deixarmos vencer pelo
mal, nem a resignar-nos que a violência e o ódio levem a melhor contra o diálogo e
a reconciliação. Exorto as partes interessadas e todos aqueles que têm responsabilidades
políticas a nível local e internacional, para não poupar a oração e algum esforço
para pôr fim a todas as hostilidades e alcançar a paz desejada para o bem de todos.”
Entre
as muitas vigílias de oração registamos aquela que se realizou na Basílica romana
de Santa Anastácia. A esse propósito, eis o que disse o reitor da Basílica, P. Alberto
Pacini, entrevistado pela Rádio Vaticano:
"Como sempre, respondemos imediatamente
aos convites que o Santo Padre nos faz, que é o nosso bispo e pastor da Igreja universal,
conscientes da gravidade do momento presente, conscientes da eficácia da oração: a
oração diante do Senhor é certamente uma arma potentíssima na qual devemos acreditar
muito mais."
"O mal parece sempre ter mais
força porque fala mais alto. Mas exatamente por essa razão a nossa resposta deve ser
adequada e comedida. E o Papa, justamente, domingo passado fez-nos pensar quando disse:
não creiam que a oração que foi feita aqui no Vaticano tenha sido inútil ou sem valor.
Porque trouxe frutos, frutos que não vemos, frutos que fogem à visão de um observador
exterior. Em todo o caso, se o mal se intensifica, deve intensificar-se a ação do
bem. E qual ação poderia ser mais eficaz do que pedir a Deus que intervenha? Ele nos
diz: rezai, pedi, buscai! E queremos fazer isso, é a isso que nos dispomos."
(RS)