1º Ministro português apela à mobilização nacional para aumentar a natalidade.
O desafio
foi lançado no Porto na apresentação de um relatório encomendado pelo partido social-democrata
a uma comissão com 11 personalidades de várias áreas coordenada pelo professor da
Universidade Católica Joaquim Azevedo, um trabalho que faz um diagnóstico preocupante
da natalidade em Portugal, uma daS mais baixas da Europa.
O relatório "Por
um Portugal amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015-2035): remover
os obstáculos à natalidade desejada" propõe um conjunto de medidas nas áreas da fiscalidade,
saúde, educação, trabalho e família. São 27 medidas que passam por menos impostos,
IRS, IMI e ainda pelo alargamento dos apoio a mulheres com problema de infertilidade
até aos 42 anos de idade e ainda medicamentos gratuitos.
As empresas que contratem
grávidas e trabalhadores com filhos até aos três anos poderão beneficiar da isenção
da Taxa Social Única e na área do trabalho, o grupo sugere que seja permitido trabalhar
em 'part-time' durante um ano após a licença, pago a 100%, ou ainda a partilha flexível
e em simultâneo da licença parental.
A proposta equipara os avós aos pais para
efeito de dedução de despesas de saúde e educação no IRS, medidas que "não se centram
em políticas marcadamente natalistas, mas na criação de apoios inequívocos para os
casais que querem ter filhos", retirando os obstáculos que existem para que o número
de filhos real se aproxime do desejado.
De Lisboa, Domingos Pinto.
RM…..VATICANO
17 JULHO 2014- 4´13”
No relatório destaca-se que as projecções para 2060
apontam para, no cenário mais negativo, um país com apenas 6,3 milhões de habitantes.
Os dados dos últimos dois anos revelam um cenário preocupante com uma baixa mais significativa
da natalidade e maior agravamento do saldo migratório, razões que levam esta comissão
a considerar que a natalidade tem de ser uma preocupação central em todas as políticas
sectoriais, num quadro de valorização da família. Isto exige um compromisso supra-partidário,
ou seja, um desígnio nacional que "não é possível compaginar" com urgência eleitorais.