Lisboa (RV) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) advertiu que a conquista
da cidade iraquiana de Mossul e outras cidades e vilarejos do país, pelos fundamentalistas
islâmicos, está “se tornando fatal para a comunidade cristã”. “Os cristãos vão fugindo
de cidade em cidade, de vilarejo em vilarejo, sabendo que, provavelmente, nunca mais
poderão voltar para casa”, revela a organização pontifícia.
“Recebemos todos,
sejam cristãos ou muçulmanos. É isso que nos ensina a nossa fé, ajudar a todos independentemente
da sua religião”, disse Dom Shimon Nona, Arcebispo caldeu de Mossul que se refugiou
em Tilkef, devido ao ataque dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante
(ISIS).
“A minha diocese já não existe maIs, os jihadistas a tiraram de mim”,
acrescentou o prelado à Ajuda à Igreja que Sofre, que pede solidariedade para os cristãos
no Iraque. A organização cita como exemplo do avanço dos jihadistas islâmicos a cidade
de Qaraqosh, 30 Km a sudoeste de Mossul, cuja história “remonta ao Antigo Testamento”:
“Em poucas horas, a cidade se esvaziou”. “Os cristãos estão sendo expulsos de todos
os lugares. Neste momento Qaraqosh é uma cidade fantasma, mas foi, até alguns dias
atrás, o lar de 40 mil pessoas, na sua maioria, cristãos”, acrescenta a fundação.
(SP)