Órgãos humanitários da Igreja se articulam para atendimentos na faixa de Gaza
Jerusalém - (RV) - O governo israelense declarou adesão à proposta de trégua
do Egito, embora na Faixa de Gaza ainda sejam registradas mortes de palestinos em
conseqüência de bombardeios aéreos realizados na manhã desta terça-feira, 15 no vilarejo
de Khan Yunis. Fontes palestinas informaram que o braço armado do Hamas, não aceitou
a proposta egípcia de um cessar-fogo. Enquanto isso, os responsáveis de todos os organismos
caritativos e humanitários ligados à Igreja Católica já colocam em prática iniciativas
comuns para responder à emergência na Terra Santa.
“Estamos reunidos na sede
da Missão Pontifícia,” disse à agência Fides Padre Raed Abusahliah, diretor da Cáritas
em Jerusalém. O objetivo é “fazer com que todas as nossas operações em Gaza para enfrentar
a emergência atuem de modo coordenado, esperando que a trégua se instaure de verdade.
Mas sabemos já que, além das intervenções imediatas, são necessários projetos de longo
prazo, para diminuir a dor das feridas profundas deixadas por esta enésima intervenção
militar na vida dos habitantes da Faixa de Gaza," disse o padre.
Serão necessários
anos para recuperar tudo aquilo que foi destruído, numa situação na qual a vida de
todos já era atingida por vários problemas. Mesmo antes dos bombardeios, entre os
1300 cristãos em Gaza, 34 por cento das famílias não tinham nenhuma fonte de renda.
Segundo dados fornecidos pelos organismos sanitários que operam no local, a operação
militar israelense provocou 192 vítimas e mais de 1400 feridos entre a população palestina.(EF)