2014-07-14 17:18:14

A importância do Credo


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço dedicado aos 20 anos da publicação do Novo Catecismo, trataremos hoje do primeiro capítulo do Catecismo, o Credo.

No programa passado, Padre Gerson Schmidt nos trouxe uma reflexão sobre a unidade e harmonia existente entre os quatro capítulos em que está dividido o Catecismo. Na edição de hoje, ele nos traz uma breve síntese sobre a importância do Credo, tema tratado no primeiro capítulo do Catecismo:

Amado ouvinte!

Falamos aqui que a Palavra tem boca, tem rosto, tem casa e tem um caminho, comparação utilizada pelos bispos reunidos no Sínodo de 2008. Comparamos os quatro capítulos do Catecismo dizendo que nossa fé católica também tem uma boca, um rosto, uma casa e um caminho. O Primeiro Capítulo do Catecismo da Igreja Católica fala do Credo, das verdades da nossa fé. Comparávamos essa parte do catecismo como a boca da Palavra. Se a fé vem pelo ouvido, como diz São Paulo, a boca proclama a verdade. O Credo é essa boca, é a voz das grandes verdades da fé, que a partir das Escrituras e da Tradição da Igreja, acreditamos, proclamamos, anunciamos, professamos como verdades fundamentais para a nossa salvação. Nesse primeiro capítulo a Igreja sintetiza tudo aquilo que precisamos conhecer e saber para nossa salvação.

Três são as verdades fundamentais do nosso Credo, da nossa profissão de fé: a fé em um só Deus, Pai Criador do Céu e da terra, de tudo o que existe, das coisas visíveis e invisíveis. E esse Pai que cria também governa e cuida, sustento o universo que criou. Essa a primeira grande verdade. Amigo, creia que Deus é seu verdadeiro Pai e sabe de todas as tuas necessidades. A segunda grande verdade do nosso credo é que Jesus Cristo, filho único de Deus não foi criado, mas gerado pelo Espírito santo no ventre da Virgem Maria. O verbo se fez carne e habitou entre nós. Não para fazer turismo na terra, mas com uma missão concreta: padecer e morrer por todos nós e ressuscitar ao terceiro dia dos mortos, para vencer as minhas e tuas mortes, amado ouvinte. Santo Inácio de Antioquia, antes de sofrer o martírio, dizia: “Jesus Cristo é a boca verdadeira pela qual o Pai verdadeiramente falou” .. A terceira grande verdade do nosso credo é o Espírito Santo, que é Deus e igual em poder e majestade com as outras pessoas divinas, que conduz toda a história da Salvação. Ele que falou pela boca dos profetas. Ele quem guia a Igreja e renova a face da terra. Como dizia o Patriarca Atenágoras: “Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão. Cada Pessoa da Trindade não agiu na história humana isoladamente. O agir e o ser de Deus é Uno e Trino2 .

Essas verdades e outras que destas brotam, como uma fonte sempre nova, são descritas uma a uma no primeiro capítulo. Vale a pena você conferir, amigo(a) ouvinte

A Paz e a benção de Deus”.


1 6,1-9,3: funk 1,219-223 – Séc. Ofício das Leituras da terça-feira da 10ª Semana do Tempo Comum.
2 Cada pessoa da Santíssima Trindade operou de forma mais efetiva nos grandes momentos da história da salvação. O Pai na Criação, o filho na Redenção, o Espírito Santo na Santificação, em Pentecostes. Porém, cada momento foi também uma obra da Trindade que é Deus Uno e Trino, que não se separa na história. Na criação, também o filho e o Pai estava presente. Na Redenção igualmente o Pai e o Espírito Santo estavam atuando. Em Pentecostes não poderiam o Pai e o Filho estar alheios, embora o Espírito Santo tenha atuado de forma decisiva.









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