2014-07-13 11:21:23

“O gol da vitória é o aperfeiçoamento da democracia”, afirma Card. Damasceno Assis. Ouça!


Cidade do Vaticano (RV) – Com a final da Copa entre Alemanha e Argentina, se encerra também para a Igreja um intenso período de alerta da sociedade civil para os riscos que este grande evento poderia acarretar ao Brasil, como o aumento do tráfico de pessoas e o trabalho escravo.

Para o Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Card. Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP), a Igreja viveu este período a partir dos valores que o próprio esporte promove, como capacidade de diálogo, de colaboração e de respeito ao outro.

E recordou: “O gol da vitória mais importante não é o gol conquistado durante a partida, mas o aperfeiçoamento da democracia, a convivência respeitosa entre as pessoas, a defesa e a promoção da dignidade humana e dos seus direitos”.

Confira a entrevista do Card. Raymundo Damasceno Assis ao Programa Brasileiro: RealAudioMP3

Nós procuramos acompanhar a preparação da Copa e sua realização justamente chamando a atenção para valores humanos que nós devemos cultivar, a partir mesmo do esporte: capacidade do diálogo, capacidade de colaboração, capacidade de saber respeitar o outro, o diferente, a capacidade de acolher os resultados das partidas de futebol, lembrando que o mais importante não é ganhar no estádio, mas que os valores permaneçam, sejam vividos pela população. Saber acolher o estrangeiro, saber respeitá-lo, valorizar a sua cultura, a sua contribuição para o país, a luta contra qualquer forma de discriminação, sobretudo o racismo, que não é propriamente um problema grave aqui no Brasil, pois há uma convivência pacífica relativamente harmoniosa entre todos os grupos étnicos. Procuramos acompanhar a Copa dentro deste espírito, de que o gol da vitória mais importante não é o gol conquistado durante a partida, mas o gol da vitória é o aperfeiçoamento da democracia, é a convivência respeitosa entre as pessoas, é a defesa e a promoção da dignidade humana, dos seus direitos. A Igreja caminhou nesta linha, nesse espírito seja durante a preparação, seja durante a realização da Copa. Procuramos difundir esses valores humanos e cristãos na sociedade. Creio que alguma coisa permanecerá no coração das pessoas que estiveram acompanhando a Copa e que procuraram se inteirar da proposta e da mensagem, tanto do Santo Padre Francisco, tanto também da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB.

(BF)







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