2014-07-10 18:01:27

Arcebispo iraquiano diz que condição de vida das pessoas permanece dramática


Mosul (RV) - "Fiz uma ampla viagem pela diocese, em particular na zona leste, numa paróquia fora de Mosul e é, realmente, fonte de profunda dor ver as condições de vida das pessoas, dos deslocados. Faltam água e energia elétrica, a situação permanece dramática."

Foi o que disse à agência AsiaNews o arcebispo caldeu de Mosul, no norte do Iraque, Dom Emil Shimoun Nona, onde cerca de 500 mil pessoas, cristãos e muçulmanos, fugiram no mês passado, originando uma crise humanitária, econômica e política.

Dom Nona afirma que a Igreja está construindo poços para obter água do subsolo – nestes dias já foram feitos ao menos oito –, mas que estes "não são suficientes" para satisfazer as necessidades de todos, embora seja "melhor do que nada".

A energia elétrica é fornecida entre duas a quatro horas por dia, o restante do dia se busca remediar como possível, graças também ao uso de geradores.

O arcebispo caldeu, em ação desde o primeiro dia na obra de assistência aos deslocados, esclarece que os poços para água cavados pela comunidade local "são utilizados por todos os habitantes, muçulmanos e cristãos, sem nenhuma distinção".

A obra da Igreja, acrescenta, "não é somente para os cristãos, mas para todos os habitantes, para muçulmanos e para membros de outras etnias".

Dom Nona renova o apelo em favor da oração por toda a população iraquiana, bem como em prol das irmãs e crianças seqüestradas pelas milícias islâmicas.

"Não há novidades substanciais sobre o sequestro", conclui o prelado, que faz votos de máxima prudência e atenção sobre o caso, em vista da salvaguarda das vidas dos reféns.

Fontes da ONU referem que, somente no mês de junho, ao menos 2.417 iraquianos, entre os quais 1.513 civis, foram mortos "em atos de violência ou de terrorismo". Mais de um milhão de pessoas abandonou suas casas por causa dos combates entre exército e milícias islâmicas. (RL)







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