2014-07-09 13:09:55

Bispos mexicanos pedem diálogo entre partidos para aprovação de reformas


Cidade do México - (RV) - “O México merece a oportunidade de andar em frente. O seu futuro não pode ser cancelado.” A Arquidiocese da Cidade do México solicita às forças políticas, em uma nota, a levar adiante as reformas indispensáveis ao país, deixando de lado as posições de hostilidade e as divergências ideológicas entre os partidos políticos.

O documento, intitulado “O diálogo para encontrar os acordos”, divulgado no site da Arquidiocese, se concentra em duas reformas economicamente estratégicas para o crescimento do país: a reforma das telecomunicações, para o desenvolvimento tecnológico, e a reforma energética, sobre a qual as diversas posições políticas se mostram irredutíveis. “Daí a necessidade de uma reforma constitucional que faça do México um país competitivo para atrair investimentos privados no setor,” diz a nota.

Os bispos também lembram de forma positiva a tentativa do Presidente Enrique Peña Nieto quando, em 2012, coordenou as diversas forças políticas a firmarem o “Pacto pelo México”, uma lista de reformas políticas e estruturais, “de cuja aprovação depende o desenvolvimento nacional e seus resultados mais amplos: a luta contra a pobreza e a formação de um estado de direito, em um país de instituições comprometidas." A Arquidiocese da Cidade do México denuncia o choque cotidiano de posições ideológicas que “se tornam inconciliáveis e não permitem um debate sério, profundo e produtivo que leve ao diálogo entre as partes,” acrescenta a nota.

“Uma sociedade democraticamente saudável se caracteriza, entre outras coisas, pelo espaço dado à participação de todas as pessoas,” escrevem os bispos. E prosseguem dizendo que “o limite está no respeito e na harmonia social, na salvaguarda das instituições legítimas e na obediência às leis.” Mas à sociedade falta também uma informação adequada que lhe permita formar uma opinião e compreender a importância desta reforma, enaltecem os bispos mexicanos, e é por este motivo que frequentemente se adotam posições mais que realistas, ideológicas.”

Colocando uma luz na disputa entre as forças políticas e a desconfiança da população nas instituições, que acabam freando as reformas, a Igreja da Cidade do México evidencia que muitos cidadãos esperam uma abertura ao diálogo, à reconciliação entre as posições ideológicas e a “busca, não dos interesses pessoais, mas do bem e do progresso do país, segundo uma atitude patriótica.” É necessário, continua a nota, uma genuína preocupação que busque a diminuição da pobreza e o bem comum acima dos interesses de grupos; uma visão do futuro que permita explorar racionalmente os recursos naturais para que possam beneficiar as futuras gerações. “Queremos crer na boa fé dos nossos legisladores e confiamos que aqueles que nos representam façam um trabalho digno e honesto, que honre as gerações futuras,” conclui a nota. (EF)








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