2014-07-02 14:58:14

ONU registra aumento de assassinatos de crianças em conflitos armados


Nova Iorque (RV) - Um relatório da ONU divulgado esta terça-feira mostrou que aumentou o número de assassinatos e mutilações de crianças em áreas de conflito armado, particularmente no Afeganistão e no Iraque.

Segundo a representante do secretário-geral para o assunto, Leila Zerrougui, houve um deterioração da crise na Síria, onde a intensificação das hostilidades levou a graves violações contra crianças.

Na República Centro-Africana, Zerrougui afirmou que o recrutamento e o uso de menores de idade em conflitos se tornou endêmico no ano passado e aumentou com a alta da violência. Ela disse que com a retomada dos conflitos no Sudão do Sul, forças pró e contra o governo, fizeram uso de crianças-soldado em suas tropas e cometeram várias outras graves violações.

A representante especial de Ban Ki-moon disse ainda que na Nigéria, além da crise humanitária que atinge metade da população na região nordeste, o país enfrenta os ataques do grupo Boko Haram. Os rebeldes são responsáveis por ações contra escolas e pelo sequestro de 200 meninas de um colégio em Chibok.

O relatório de Zerrougui inclui também uma lista de grupos e forças armadas que matam, mutilam, recrutam e cometem violência sexual contra crianças.

Segundo a representante da ONU, o recrutamento de crianças-soldado continua prevalente. Foram registrados mais de 4 mil casos em 2013, mas as Nações Unidas calculam que milhares de outras devem ser usadas em conflitos.

Zerrougui disse que a impunidade por graves violações, principalmente de violência sexual, é comum em várias situações e acaba deixando os menores de idade mais vulneráveis.

Outro problema citado no relatório é sobre a detenção de crianças por associação a grupos armados ou por questões de segurança.

A representante do secretário-geral disse que tudo isso exige um esforço dobrado da comunidade internacional para implementar medidas que lidem com a situação dos menores afetados por conflitos armados.

(BF/Rádio ONU)







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