Romance "Uma Carta tão Longa" de Mariama Bâ vai ser adaptado ao cinema
A famosa obra
literaria "Une si longue Lettre" (Uma Carta tão Longa) da senegalesa Mariama Bâ,
vai ser levada ao ecrã cinematográfico pela sua conterrânea Angèle Diabang.
É que esta realizadora e produtora cinematográfica considera que é uma forma
de dar a conhecer o conteúdo dessa importante obra aos jovens de hoje em forma de
imagem, pois que tendem a ler muito pouco.
Centrada na questão da poligamia
em África e nas problemáticas da subalternidade da mulher, "Une si longue lettre"
foi publicada em 1979 e marca a primeira geração de escritoras africanas. Está traduzida
em 16 linguas.
Embora Mariama Bâ, que faleceu em em 1981, com 52 anos de
idade, deixando apenas essa e uma outra obra literária (Um Chant Ecarlate), não seja
a primeira romancista africana, ela é muito conhecida no mundo da literatura. Será
pela sua obra, pelo seu estilo literário, pelos temas que trata, ou simplesmente por
ter sido uma das primeiras mulheres a escrever em África?
A estas perguntas
respondera-nos já em 2007, Medoune Guèye, senegalês, Professor Associado de
Estudos Francófonos no Instituto Politécnico e na Universidade da Virgínia, nos Estados
Unidos da América. Ele é autor, entre outros, de um artigo sobre "Questões femininas
nas obras de Mariama Bâ e Aminata Sow Fall".
Aproveitamos da notícia da
adaptação do romance de Mariama Bâ ao cinema para propor de novo esta entrevista
que ajuda a compreender a importância da obra dessa escritora senegalesa. Oiça
aqui uma parte da entrevista adaptada à rubrica "África.Vozes Femininas" do dia 29
de Junho de 2014:..