Semana Social na Argentina: O Papa Francisco e a cultura do encontro
Mar del Plata
(RV) - Concluiu-se neste domingo, em Mar del Plata, na Argentina, a 31ª Semana
Social 2014, sobre o tema "O Papa Francisco e a questão social".
Na mensagem
final, a Comissão Episcopal para a Pastoral Social exorta a comunidade a crescer na
amizade social, e reitera o compromisso na promoção do desenvolvimento integral e
na erradicação da pobreza neste caminho rumo ao bicentenário da Declaração da Independência,
em 2016.
Os temas principais no centro dos trabalhos foram: a dimensão social
da fé, a importância da participação de todos, e o início de ações concretas para
desenvolver a cultura do encontro promovida pelo Papa Francisco.
Na mensagem
assinada pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, enviada aos participantes
da Semana Social, o pontífice incentivou os leigos a serem fermento transformador
na construção de um mundo melhor. No texto, o Papa exorta a enfrentar os problemas
de hoje à luz da Doutrina Social da Igreja, a partir da perspectiva do Evangelho.
A Semana Social foi marcada pelo debate sobre o tema "A cultura do encontro
como contribuição de Francisco ao diálogo e à paz social". O evento contou com palestras
do Bispo de Gualeguaychú, Dom Jorge Eduardo Lozano, Presidente da Comissão Episcopal
para a Pastoral Social, do Pe. Pablo Sudar, da Arquidiocese de Rosário, dentre outros.
"Francisco diz que a Páscoa de Cristo penetrou a trama oculta da história
humana. A última palavra é a do amor. Devemos reforçar a nossa pertença ao povo a
fim de que a força do amor de Deus nos liberte e nos tornemos a pátria da justiça
e da solidariedade que todos desejamos", disse Dom Lozano.
Durante os trabalhos,
o Bispo emérito de San Isidro, Dom Alcides Jorge Pedro Cesaretto, recordou que desde
1981 os bispos e a comunidade eclesial falam sobre reconciliação. "Sem dúvida, foram
obtidos progressos. Foram adotadas novas medidas, mas muita coisa deve ainda ser feita,
pois a reconciliação é também um processo dinâmico sem fim", destacou o prelado.
Segundo
Dom Cesaretto, este processo de reconciliação, como na relação entre Pedro e Jesus,
deve ter uma luminosidade especial. "Somos capazes de fazer isso, pois temos uma ideia
clara sobre a reconciliação. Temos o Sacramento da Reconciliação. Podemos construir
uma sociedade mais justa, solidária e equitativa", concluiu o Bispo emérito de San
Isidro. (MJ)