2014-06-27 13:55:08

Malásia: liberdade religiosa


Kuala Lumpur (RV) – Um passo atrás no que diz respeito à liberdade religiosa, uma “decisão regressiva” adotada pela Corte Suprema sobre o uso do nome “Alá” para cristãos: assim, o Conselho das Igrejas da Malásia (CCM), que reúne as comunidades cristãs de diversas confissões, definiu a sentença da Corte que confirmou a proibição imposta ao jornal católico “Herald” de usar o nome “Alá”. O Secretário-geral do CCM, Hermen Shastri, - refere a agência Fides - afirma que “o governo deveria perceber que os cidadãos malaios sempre utilizaram Bíblias em Bahasa Malaysia (língua local) que contém o nome “Alá”.Segundo o Secretário, trata-se de uma sentença que claramente “se distancia da verdade”.

Também a Ong “Human Rights Watch” (HRW) destaca que “a tolerância religiosa da sociedade multireligiosa da Malásia está diminuindo”, afirmando que “o governo malaio deveria trabalhar para promover a liberdade de religião” e não dar espaço a grupos islâmicos radicais e conservadores.

A Corte Suprema (terceiro grau de juízo) emitiu o veredicto através de um colégio de sete juízes, com um só voto de diferença (4 a 3). Segundo fontes da Fides, os três juízes, todos muçulmanos, que votaram a favor dos cristãos, observaram que “existe um preconceito, pois a palavra Alá circula livremente na Bíblia ou nos livros sagrados Siques”. Afirmaram ainda que o Tribunal de Apelação (segundo grau), ao impor a proibição, “ultrapassou seus poderes e competências jurisdicionais, sem se basear em fatos concretos nem em específicas disposições de direito”. (SP)








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