Königstein (RV) - "Um verdadeiro milagre, considerando o difícil momento econômico",
foi o que disse a responsável internacional do departamento de projetos da fundação
'Ajuda à Igreja que Sofre' (AIS), Regina Lynch, comentando o resultado da coleta recorde
2013 do organismo.
Os benfeitores da fundação pontifícia doaram 88.396.513
euro. "Graças à generosidade de muitas pessoas foi possível dizer sim a 5.420 pedidos
de ajuda que chegaram de várias partes do mundo. AIS iniciou ou realizou projetos
em 140 países, sobretudo onde a Igreja sofre perseguições e discriminações", frisou
Lynch.
Um terço das ofertas foi destinado ao Oriente Médio e nações como China,
Paquistão e Cuba. "Existem muitos lugares em que os cristãos são obrigados a se esconder,
e todos os seus movimentos são controlados, onde a Igreja não pode receber ajuda econômica
do exterior ou não pode estar presente", disse ainda a responsável de AIS.
A
fundação de direito pontifício ressaltou que "no campo internacional as contribuições
foram divididas da seguinte forma: no campo das construções 37,4%, intenções de missa
17,6%, formação teológica 12,5%, catequese 10,3%, motorização 6,9%, e apostolado midiático
2,1%”.
Em relação a 2012, as ajudas de emergência duplicaram por causa do conflito
na Síria.
O responsável de AIS para o Oriente Médio, Pe. Andrzej Halemba, disse
a propósito da Síria: "a nossa prioridade no Oriente Médio são os mais de 2,5 milhões
de refugiados sírios e os mais de 7 milhões de deslocados internos".
Desde
o início a crise síria, AIS declarou ter doado mais de 3,5 milhões de euros para projetos
em favor dos deslocados internos e refugiados sírios na Jordânia, Líbano e Turquia.
Outras intervenções durante o ano foram feitas no Egito, Sudão do Sul, República
Centro-Africana e Nigéria. Um tipo particular de projeto apreciado na África é a compra
de veículos necessários para a pastoral. No ano passado, foram aprovados 448 projetos.
"Um meio de transporte é essencial nas dioceses grandes como as dioceses africanas
e permite a sacerdotes e bispos de irem ao encontro dos fiéis, sem esperar que sejam
eles a encontrar o caminho da sacristia", disse Marko Tomashek membro de AIS.
A
Índia foi o país que mais se beneficiou das doações da Igreja, recebendo 4 milhões
de euros. Outras ajudas foram enviadas para a Ucrânia, Brasil e Bósnia-Herzegóvina.
(MJ)