2014-06-26 13:02:54

Papa encoraja as Igrejas do Oriente e assegura sua proximidade. Recebidos também jovens astrónomos


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Concluiu-se hoje no Vaticano a assembleia plenária da ROACO – reunião das Obras de Ajuda às Igrejas do Oriente. Recebendo os oitenta participantes, o Papa Francisco evocou a peregrinação realizada há um mês à Terra Santa.
Grande foi a consolação e grandes são o encorajamento e a responsabilidade que brotam daquela peregrinação, para prosseguirmos o caminho para a plena unidade de todos os cristãos e também para o diálogo inter-religioso.
Recordando a oliveira por ele mesmo plantada no Vaticano conjuntamente com o Patriarca de Constantinopla e os Presidentes de Israel e da Palestina, o Papa observou que “a paz só é segura quando é cultivada por várias mãos”. Contudo, acrescentou, há que nunca esquecer que o verdadeiro Agricultor à Deus.
Aliás a verdadeira paz, aquela que o mundo não pode dar, é-nos dada por Jesus Cristo. Por isso, não obstante as graves feridas que infelizmente ainda hoje sofre, a paz pode sempre renascer. (…) E os primeiros chamados a cultivar a paz são precisamente os irmãos e irmãs do Oriente, com os seus Pastores.
O Santo Padre fez votos de que os fiéis do Oriente possam sempre contar com o apoio da Igreja universal, para conservarem a certeza de que… a potência do Amor pode sempre deter o fogo das armas, do ódio e da vingança. As lágrimas e os medos dos cristãos e dos Pastores do Oriente – assim como a sua esperança – são também as nossas – assegurou o Papa, que concluiu declarando a sua proximidade a estas Igrejas:
Em particular aos irmãos e irmãs da Síria e do Iraque, aos seus Bispos e Padres, exprimo, juntamente convosco, a proximidade da Igreja Católica. E estendo-a à Terra Santa e ao Médio Oriente, assim como à amada Ucrânia, na hora tão grave que está a viver, e à Roménia, de que vos ocupastes nos vossos trabalhos.”
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Decorreu neste mês de junho, em Castelgandolfo, o XIV Curso de Verão do Observatório Astronómico do Vaticano, com a participação de vinte e cinco jovens recentemente formados em Astronomia, homens e mulheres, provenientes de 23 diferentes países. Tema deste ano: “Galáxias próximas e distantes, novas e antigas”.
Recebendo-os esta manhã em audiência, juntamente com os quatro professores (americanos) deste Curso e os jesuítas e pessoal do Observatório de Castelgandolfo, o Papa Francisco congratulou-se com esta iniciativa, fazendo notar que, para além do estudo das galáxias, esta atividade conjunta permitiu uma partilha das respectivas tradições culturais e religiosas, dando um “belo testemunho de diálogo e de convivência na harmonia”.
Vendo os vossos rostos, parece-me admirar um mosaico que compreende povos de todas as parte do mundo. É justo que todos os povos tenham acesso à investigação eá formação científica. Que todos os povos possam gozar dos benefícios da ciência é um desafio que nos empenha a todos, especialmente aos cientistas.
A Escola de Astrofísica do Observatório do Vaticano torna-se assim um lugar onde os jovens do mundo dialogam, colaboram e se ajudam mutuamente na busca da verdade.
Esta iniciativa simples e concreta mostra que as ciências podem ser um instrumento apropriado e eficaz para promover a paz e a justiça. É também por isso que a Igreja se encontra empenhada no diálogo com as ciências a partir da luz oferecida pela fé, na convicção de que a fé pode alargar as perspectivas da razão, enriquecendo-a.
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Para além dos participantes na Assembleia da ROACO e dos jovens astrónomos do Curso do Observatório do Vaticano, o Santo Padre recebeu, em audiências sucessivas, nesta quinta-feira de manhã:
- o Presidente do Conselho Pontifício “Cor Unum”, cardeal Robert Sarah;
- o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski;
- o arcebispo Alberto Bottari de Castello, Núncio Apostólico na Hungria; e a
- a Embaixadora da Geórgia, a princesa Khétévane de Moukhrani, em visita de despedida. RealAudioMP3








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