Papa encoraja as Igrejas do Oriente e assegura sua proximidade. Recebidos também jovens
astrónomos
Concluiu-se hoje
no Vaticano a assembleia plenária da ROACO – reunião das Obras de Ajuda às Igrejas
do Oriente. Recebendo os oitenta participantes, o Papa Francisco evocou a peregrinação
realizada há um mês à Terra Santa. Grande foi a consolação e grandes são o encorajamento
e a responsabilidade que brotam daquela peregrinação, para prosseguirmos o caminho
para a plena unidade de todos os cristãos e também para o diálogo inter-religioso.
Recordando a oliveira por ele mesmo plantada no Vaticano conjuntamente com o Patriarca
de Constantinopla e os Presidentes de Israel e da Palestina, o Papa observou que “a
paz só é segura quando é cultivada por várias mãos”. Contudo, acrescentou, há que
nunca esquecer que o verdadeiro Agricultor à Deus. Aliás a verdadeira paz, aquela
que o mundo não pode dar, é-nos dada por Jesus Cristo. Por isso, não obstante as graves
feridas que infelizmente ainda hoje sofre, a paz pode sempre renascer. (…) E os primeiros
chamados a cultivar a paz são precisamente os irmãos e irmãs do Oriente, com os seus
Pastores. O Santo Padre fez votos de que os fiéis do Oriente possam sempre contar
com o apoio da Igreja universal, para conservarem a certeza de que… a potência do
Amor pode sempre deter o fogo das armas, do ódio e da vingança. As lágrimas e os medos
dos cristãos e dos Pastores do Oriente – assim como a sua esperança – são também as
nossas – assegurou o Papa, que concluiu declarando a sua proximidade a estas Igrejas: Em
particular aos irmãos e irmãs da Síria e do Iraque, aos seus Bispos e Padres, exprimo,
juntamente convosco, a proximidade da Igreja Católica. E estendo-a à Terra Santa e
ao Médio Oriente, assim como à amada Ucrânia, na hora tão grave que está a viver,
e à Roménia, de que vos ocupastes nos vossos trabalhos.” ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ Decorreu
neste mês de junho, em Castelgandolfo, o XIV Curso de Verão do Observatório Astronómico
do Vaticano, com a participação de vinte e cinco jovens recentemente formados em Astronomia,
homens e mulheres, provenientes de 23 diferentes países. Tema deste ano: “Galáxias
próximas e distantes, novas e antigas”. Recebendo-os esta manhã em audiência,
juntamente com os quatro professores (americanos) deste Curso e os jesuítas e pessoal
do Observatório de Castelgandolfo, o Papa Francisco congratulou-se com esta iniciativa,
fazendo notar que, para além do estudo das galáxias, esta atividade conjunta permitiu
uma partilha das respectivas tradições culturais e religiosas, dando um “belo testemunho
de diálogo e de convivência na harmonia”. Vendo os vossos rostos, parece-me admirar
um mosaico que compreende povos de todas as parte do mundo. É justo que todos os povos
tenham acesso à investigação eá formação científica. Que todos os povos possam gozar
dos benefícios da ciência é um desafio que nos empenha a todos, especialmente aos
cientistas. A Escola de Astrofísica do Observatório do Vaticano torna-se assim
um lugar onde os jovens do mundo dialogam, colaboram e se ajudam mutuamente na busca
da verdade. Esta iniciativa simples e concreta mostra que as ciências podem ser
um instrumento apropriado e eficaz para promover a paz e a justiça. É também por isso
que a Igreja se encontra empenhada no diálogo com as ciências a partir da luz oferecida
pela fé, na convicção de que a fé pode alargar as perspectivas da razão, enriquecendo-a. ^^^^^^^^^^^^^^^^^^ Para
além dos participantes na Assembleia da ROACO e dos jovens astrónomos do Curso do
Observatório do Vaticano, o Santo Padre recebeu, em audiências sucessivas, nesta quinta-feira
de manhã: - o Presidente do Conselho Pontifício “Cor Unum”, cardeal Robert Sarah; -
o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski; -
o arcebispo Alberto Bottari de Castello, Núncio Apostólico na Hungria; e a - a
Embaixadora da Geórgia, a princesa Khétévane de Moukhrani, em visita de despedida.