Jesus, o Bom Pastor, falava a língua do povo – o Papa em Santa Marta nesta quinta-feira
Na Missa em
Santa Marta nesta quinta-feira o Papa Francisco baseou a sua homilia no Evangelho
do dia onde podemos ler em S. Mateus, capítulo 7, versículos 28 e 29: “Quando Jesus
acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos,
porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.”. Na
sua meditação o Santo Padre chamou a atenção para o modo como Jesus falava com as
pessoas, sublinhou mesmo que as multidões ficavam “maravilhadas com o seu ensinamento”.
Os outros falavam, mas não chegavam ao povo. O Papa Francisco enumerou quatro grupos:
os fariseus, antes de mais, faziam da religião um colar de mandamentos e os dez existentes
passavam a ser trezentos, reduzindo a fé à casuística. Depois o Santo Padre citou
ainda os saduceus que tinham perdido a fé e dedicavam-se aos acordos de poder, os
zelotes que queriam fazer uma revolução para libertar o povo de Israel pela força
e o Papa referiu ainda os essénios que eram monges que se tinham consagrado a Deus,
mas que estavam longe do povo. Segundo o Papa Francisco o povo seguia Jesus porque
Ele era o Bom Pastor e falava a língua do povo:
“É por isto que o povo
seguia Jesus, porque era o Bom Pastor. Não era nem um fariseu casuístico moralista,
nem um saduceu que fazia negócios políticos com os poderosos, nem é um guerrilheiro
que procurava a libertação política do seu povo, nem um contemplativo de mosteiro.
Era um pastor! Um pastor que falava a língua do seu povo, fazia-se entender, dizia
a verdade, as coisas de Deus: não negociava nunca as coisa de Deus! Mas dizia-as em
tal modo que o povo amava as coisas de Deus. Por isso é que O seguia.”
O
Papa Francisco concluiu a sua homilia exortando-nos a deixarmo-nos maravilhar por
aquilo que Jesus nos diz.