2014-06-22 12:54:11

Relatório aponta tráfico humano, trabalho escravo e exploração de menores no mundo


Washington (RV) - Os Estados Unidos colocaram a Tailândia, a Malásia e a Venezuela em sua lista negra, acusando os três países de nada fazerem para impedirem o tráfico humano, de acordo com um relatório publicado sexta-feira, 20, pelo Departamento de Estado estadunidense.

Na mesma lista figuram Irã, Coreia do Norte, Rússia, Síria e Zimbábue, entre outros. Segundo os mais recentes dados, o tráfico humano afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o Mundo.

Em relação ao Brasil, o relatório avalia que os esforços do governo para combater o tráfico de pessoas, apesar de "significativos", ainda não são suficientes para eliminar o problema. O documento aponta que o Brasil continua a ser "fonte e destino" de homens, mulheres e crianças submetidos a tráfico sexual e trabalhos forçados, tanto dentro do país quanto no exterior. Segundo o relatório, o turismo sexual infantil continua a ser um problema, principalmente no Nordeste.

O Departamento de Estado menciona a correlação entre trabalho escravo e degradação ambiental, principalmente na região amazônica, mas ressalta que o trabalho escravo ocorre não apenas no campo e observa que, em 2013, as autoridades brasileiras identificaram pela primeira vez mais indivíduos em trabalho escravo em áreas urbanas do que em áreas rurais.

O relatório anual analisa 188 países, divididos em quatro categorias, de acordo com os esforços feitos para combater o tráfico humano. O Brasil é incluído na categoria 2, destinada a países que ainda não se adequaram totalmente aos padrões mínimos previstos, mas estão fazendo esforços.

Um trecho do relatório é dedicado à relação entre tráfico humano e grandes eventos esportivos. O documento não cita o Brasil especificamente, apenas fornece recomendações gerais para países que irão abrigar esse tipo de evento, entre eles as próximas Olimpíadas até 2020 (a de 2016 será no Rio) e a Copa do Mundo de 2018 (na Rússia) e 2022 (no Catar). "Grandes eventos esportivos são tanto oportunidade para aumentar conscientização quanto desafio para identificar vítimas de tráfico e processar traficantes", diz o texto.
(CM-BBC)








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