ONU: da Síria risco de guerra para todo o Médio Oriente
A milícia do Estado Islâmico do Iraque e do Levante continua a combater na Síria.
Os jihadistas atacaram rebeldes antigovernamentais e milícias curdas no norte e leste
do país. Entretanto, da sede da ONU em Genebra vem um novo alarme. Uma guerra regional
no Médio Oriente estaria mais próxima do que nunca, precisamente por causa da concomitância
entre a crise síria e os eventos no Iraque. Os homens que controlam o posto de
fronteira al-Qaim, entre a Síria e o Iraque, depois da retirada das forças de segurança
iraquianas, já controlavam o lado sírio da fronteira e são supostamente fiéis ao Exército
Sírio Livre - a frente laica que combate contra o regime de Basahr al-Assad a partir
de 2011 – e à Frente al-Nusra, um dos grupos da Al-Qaeda na Síria. Foi, portanto,
activado na Síria o alarme anti-DAISH, ou seja, contra o Estado Islâmico do Iraque
e do Levante, que já combatia na Síria e que nas últimas semanas se transferiu para
o Iraque. Os militantes da oposição laica, de facto, sempre rejeitaram as instâncias
e o projecto de DAISH, e combatem contra eles, para além de combater contra Assad.
E, por outro lado, também entre al-Nursra e DAISH, ambos grupos Qaedistas, embora
o último repudiado por al-Zawairi, existem tensões de longa data para o controle estratégico
do território. Entretanto, de Genebra chega um novo alarme de inquietação para a nova
escalada de violência na Síria. A ONU fala de uma "situação sem precedentes", referindo-se
ao uso de cloro nos combates, crimes de guerra e a impossibilidade de fazer chegar
a todos os lugares as ajudas humanitárias.