Missão Continental: Paróquia – lugar de formação permanente: a iniciação cristã e
a formação discipular
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição passada deste nosso quadro "O Brasil
na Missão Continental" trouxemos a paróquia qual comunidade de discípulos missionários,
destacando, a partir do Documento de Aparecida, o imprescindível papel dos párocos
e dos sacerdotes, bem como de todos os fiéis leigos qual co-responsáveis na formação
dos discípulos e na missão.
Mantendo nossa atenção voltada para a Conferência
de Aparecida, da qual nasceu a "Missão Continental, recordamos que a V Conferência
Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe evidenciou a necessidade de uma conversão
pastoral, de se passar de uma pastoral de conservação a uma pastoral eminentemente
missionária.
Nesta edição continuamos com a paróquia e temas afins no centro
de nossa atenção, e o fazemos na esteira da última Assembléia Geral da CNBB, cujo
tema "Comunidade de comunidades: uma nova paróquia" esteve mais uma vez no centro
de sua atenção.
Portanto, mantendo nosso foco voltado para a paróquia – lugar
de formação permanente –, hoje destacamos a iniciação cristã e a formação do discípulo
missionário. Para tal trazemos os números 291 a 294 do Documento de Aparecida:
291.
Ser discípulo é dom destinado a crescer. A iniciação cristã dá a possibilidade de
uma aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. Dessa
forma, ela forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha a
busca do sentido da vida. É necessário assumir a dinâmica catequética da iniciação
cristã. Uma comunidade que assume a iniciação cristã renova sua vida comunitária e
desperta seu caráter missionário. Isso requer novas atitudes pastorais por parte dos
bispos, presbíteros, diáconos, pessoas consagradas e agentes de pastoral.
292.
Como características do discípulo, indicadas pela iniciação cristã, destacamos: que
ele tenha como centro a pessoa de Jesus Cristo, nosso Salvador e plenitude de nossa
humanidade, fonte de toda maturidade humana e cristã; que tenha espírito de oração,
seja amante da Palavra, pratique a confissão freqüente e participe da Eucaristia;
que se insira cordialmente na comunidade eclesial e social, seja solidário no amor
e fervoroso missionário.
293. A paróquia precisa ser o lugar onde se
assegure a iniciação cristã e terá como tarefas irrenunciáveis: iniciar na vida cristã
os adultos batizados e não suficientemente evangelizados; educar na fé as crianças
batizadas em um processo que as leve a completar sua iniciação cristã; iniciar os
não batizados que, havendo escutado o querigma, querem abraçar a fé. Nessa tarefa,
o estudo e a assimilação do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos é referência necessária
e apoio seguro.
294. Assumir essa iniciação cristã exige não só uma
renovação de modalidade catequética da paróquia. Propomos que o processo catequético
de formação adotado pela Igreja para a iniciação cristã seja assumido em todo o Continente
como a maneira ordinária e indispensável de introdução na vida cristã e como a catequese
básica e fundamental. Depois, virá a catequese permanente que continua o processo
de amadurecimento da fé; nela se deve incorporar o discernimento vocacional e a iluminação
para projetos pessoais de vida.
Amigo ouvinte, por hoje é só. Semana que vem
tem mais, se Deus quiser! (RL)