Pontifício Conselho Cor Unum: comunicado sobre a reunião da Fundação Populorum
Progressio para a América Latina e Caribe
Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se de 11 a 13 deste mês, na sede do Pontifício
Conselho Cor Unum, no Vaticano, a reunião anual do Conselho de Administração
da Fundação Populorum Progressio para a América Latina e Caribe.
O organismo
destaca, no comunicado final, que este ano o Conselho de Administração considerou
importante reunir-se, em Roma, para pedir ao Papa Francisco, à luz de sua experiência
pastoral na América Latina, algumas indicações para o futuro da fundação, depois de
22 anos de trabalho.
Dos 135 projetos apresentados, em 2014, foram aprovados
125, num total de 1 milhão e 800 mil dólares. Os projetos deste ano estão voltados
principalmente para a formação de crianças e jovens. A fundação ajudará as pequenas
realidades e comunidades católicas em seus projetos de desenvolvimento e promoção
humana, e também na criação de poços para água potável, instituição de fundos rotativos
e bancos de semente, construção de salas comunitárias, apoio a projetos de higiene,
dentre outros.
O Papa Francisco recebeu em audiência, na última sexta-feira,
os membros do Conselho de Administração. Os prelados abordaram com o Santo Padre as
problemáticas relativas à América Latina e Caribe, à luz da atividade desempenhada
pela fundação.
O pontífice reiterou que as instituições católicas não são
ONGs e devem trabalhar segundo uma antropologia que vê na pessoa humana não somente
uma boca para alimentar, mas também a dimensão espiritual, o anseio de Deus e eternidade
que cada um carrega no coração.
Em segundo lugar, foi abordado o problema dos
povos indígenas e debatido sobre a evangelização e sua relação com as obras caritativas.
O Santo Padre recordou que a ideologia centralizada no deus dinheiro descarta duas
categorias de pessoas: as crianças, futuro da sociedade, e os idosos, memória histórica.
O Papa destacou também o drama do desemprego juvenil que provoca gerações de jovens
sem futuro, que se tornam vítimas da droga e do crime. O Papa pediu a Fundação Populorum
Progressio para trabalhar em prol desta camada da população, através de projetos
educacionais e formação profissional.
O organismo deve agora enfrentar o grande
desafio de ampliar os horizontes geográficos das doações a fim de que todos os projetos
apresentados possam encontrar acolhimento na caridade do Papa.
Os membros
da fundação se comprometeram a conscientizar mais as Igrejas particulares e as pessoas
de boa vontade para que os fundos para essa obra possam continuar e intensificar seu
trabalho. (MJ)