São Paulo – No último
dia 12 de junho, durante a abertura da Copa, quando os olhos do mundo inteiro estiveram
voltados para o Estádio Itaquerão em São Paulo, também foi relançada a campanha mundial
“Cartão Vermelho para o trabalho infantil”; uma campanha promovida pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Também no dia 12 de junho se celebrou o Dia Mundial
contra a exploração do trabalho infantil, recordado pelo Papa Francisco na audiência
geral da última quarta-feira, com um apelo à comunidade internacional “para erradicar
este flagelo da exploração infantil”.
Segundo a OIT, cerca de 168 milhões
de crianças no mundo são vítimas do trabalho infantil, não têm direito à vida como
crianças, são impedidas de crescer num ambiente onde possam receber carinho, brincar,
ir à escola e, sobretudo, passar para a fase adulta no momento certo.
O Brasil
se comprometeu a eliminar as piores formas de trabalho infantil, incluindo o trabalho
doméstico, até 2016.
Um drama, o do trabalho infantil e que chega também à
exploração dos jovens, num momento de crise econômica que atinge o mundo inteiro,
se origina na inércia de escolhas políticas, como o fechamento cada vez maior do mercado
de trabalho; com muitos jovens ainda em busca de seu primeiro emprego. Durante
a última Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, no ano passado, o Papa Francisco
disse a cada um dos jovens. “Jesus chama voce para a ser discípulo em missão! O que
o Senhor nos diz hoje? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.” Palavras simples,
sempre antigas e sempre novas; mas, que conquistaram. Como muitas outras palavras
ditas, ouvidas e assumidas como próprias durante a semana vivida no Rio de Janeiro.
Os jovens retornaram às suas cidades e países, às próprias famílias, grupos com o
convite do Papa “Façam barulho”, um convite a mover as águas, a tomar em consideração
o outro, tanto o coetâneo quanto o adulto, a cultivar e a viver a própria fé por completo.
Sobre o vento que passou em diversas realidades brasileiras nós conversamos
com o bispo auxiliar de Brasília, Dom José Aparecido e os jovens de Brasília. (SP)