Lisboa: encontro de assessores de imprensa e porta-vozes dos episcopados europeus
Lisboa (RV) - Assessores de imprensa e porta-vozes das Conferências Episcopais
da Europa debatem, em Lisboa, Portugal, a preparação do Sínodo dos Bispos sobre a
Família e as formas de comunicar as temáticas em discussão através dos meios de comunicação.
Participam
do encontro cerca de cinquenta pessoas provenientes de todo o continente europeu que
estão debatendo temáticas de atualidade eclesial, próximos compromissos e novas possíveis
sinergias.
Promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE),
este encontro, de periodicidade anual, teve início nesta quarta-feira, dia 11, e se
encerra no próximo dia 14, e conta com a participação do Diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, e do Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal
Lorenzo Baldisseri.
Para o Secretário-Geral do CCEE, Pe. Duarte da Cunha, "o
encontro dos assessores de imprensa e porta-vozes das Conferências Episcopais da Europa
escuta a repercussão que os temas em debate no Sínodo estão tendo nos meios de comunicação,
capacitando-os para responder aos desafios que lhe são postos pela opinião pública".
Houve
também um debate sobre o tema "Papa Francisco, um comunicador global", introduzido
e moderado pelo diretor da agência de notícias da Conferência Episcopal Austríaca,
Paul Wuthe.
Ele propôs algumas ideias sobre o tema, apresentando três aspectos:
Papa Bergoglio como fenômeno midiático, riscos e oportunidades ligados a este aspecto,
e as conseqüências para os comunicadores eclesiais.
"O Santo Padre sabe transmitir
a mensagem cristã com uma linguagem cotidiana, compreensível a todos, essencial. Uma
mensagem que por isso se torna envolvente", disse Wuthe.
"O Papa comunica
também com gestos, sinais e imagens que não devem ser traduzidos. Basta pensar nos
abraços aos doentes, nos idosos, ou no Lava-Pés no cárcere", disse ainda o jornalista
austríaco.
Segundo Wuthe, o que torna o Papa Francisco mais comunicativo é
a sua credibilidade pessoal. Por isso, o seu testemunho é imediato, direto e não abstrato.
(MJ)