2014-06-11 16:59:09

Em Kirkuk, população reza pelo fim da violência. Em Mosul, mais de 500 mil fogem dos combates


Kirkuk (RV) – Os povoados ao redor de Kirkuk já estão fora do controle do governo iraquiano, enquanto na área urbana se vive um clima tenso, com a população fechada em suas casas. Milícias curdas dos Peshmerga, vindas do Curdistão, protegem a cidade dos jihadistas do Exército do Iraque do Levante, - a facção sunita ativa no conflito sírio – que após terem conquistado Mosul, a segunda cidade do país, estendem seu controle sobre amplas áreas do território iraquiano.

Este é o quadro traçado pelo sacerdote caldeu Qais Kage, contatado pela Agência Fides. “O avanço dos milicianos do Iraque do Levante – disse ele -, é favorecida pelas tribos e pelos grandes clãs sunitas. O que aconteceu em Mosul é significativo: uma cidade deste porte não pode cair em poucas horas sem um apoio interno. O caos e a divisão política do país, devido às contraposições sectárias, favorece o avanço dos milicianos vindos de fora. O exército iraquiano deixou tudo nas suas mãos e isto levanta questionamentos”.

Quem está protegendo Kirkuk são os Pershmerga curdos, a pedido do governador da cidade, conta Pe. Oais. “As milícias curdas realizaram manobras ao redor da cidade, para dissuadir possíveis ataques”.

Neste clima, se reza todos os dias nas quatro paróquias caldéias, para que a população seja poupada de ulteriores sofrimentos. “Suspendemos por motivo de segurança o catecismo e as atividades com os jovens”, contou o sacerdote caldeu, observando que “as igrejas, no entanto, permanecem abertas. Neste mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, celebramos a cada dia a missa e rezamos pedindo ao Senhor que a situação não piore e que nos salve de novas explosões de violência sectária”.

Já em Mosul, os deslocados são mais de 500 mil. Os enfrentamentos continuam, tornando inacessíveis os acessos a todos os quatro hospitais da cidade, declarou à Agência Misna o responsável no Iraque pela Organização Internacional das Migrações, Mandie Alexandre.

“Os habitantes – sublinhou – fogem dos bairros à oeste do Tigre em direção ao sul, na Província de Salahaddin e ao Curdistão, região autônoma do extremos norte”.
(JE)











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