2014-06-10 19:37:12

União Européia e líderes religiosos pedem libertação de sudanesa condenada à morte


Bruxelas (RV) – Os Presidentes da Comissão Européia, do Conselho da Europa e da Eurocâmara, junto à vinte líderes religiosos de diversas confissões, pediram às autoridades sudanesas a libertação da jovem Mariam Ibrahim, condenada à morte por converter-se ao cristianismo.

“Assinamos uma declaração conjunta em que pedimos às autoridades sudanesas a modificação deste veredicto desumano e a libertação de Mariam”, anunciou o Presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, após reunir-se com altos representantes religiosos cristãos, judeus, muçulmanos, hindus e mórmons, provenientes de diversas partes da Europa.

Todos assinaram a declaração para pedir às autoridades sudanesas que libertem a jovem, condenada à morte no Sudão por supostamente ter se convertido ao cristianismo e por adultério, fatos que a “sharià” (lei islâmica) proíbe às mulheres muçulmanas.

“A liberdade de religião é o direito de ter uma fé e de abandoná-la”, disse Barroso, insistindo que o Sudão deve respeitar este direito.

Durante a reunião, realizada pelo décimo ano consecutivo, os representantes da UE e os líderes religiosos debateram sobre o futuro dos “Vinte e oito” após as eleições européias do final de maio, que revelaram o desencanto dos cidadãos, além de abordarem o problema do extremismo religiosos.

Os participantes do encontro condenaram o ataque ao Museu Judeu de Bruxelas, perpetrado em 24 de maio, quando um islâmico matou três pessoas, deixando outra gravemente ferida.

Após tratarem dos problemas econômicos e sociais existentes na comunidade européia, os líderes defenderam que as igrejas e as comunidades religiosas podem também desempenhar um papel importante na hora de proporcionar alívio à sociedade.

“Um erro a ser evitado – disse o Vice-Presidente do Parlamento Europeu, László Surján – é que as comunidades religiosas se retirem para as catacumbas devido aos ataques contra elas, porque não podem realizar sua missão, quando devem estar na vanguarda e defender a moralidade. Sem moral nenhum outro valor europeu é suficiente”. (JE)








All the contents on this site are copyrighted ©.