2014-06-09 17:41:41

A Semana do Papa – síntese das atividades de 2 a 8 de junho. Em destaque a oração pela paz


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Dia 2
O Papa Francisco recebeu ao fim da manhã de segunda-feira, dia 2 de junho, os bispos da Conferência episcopal do Zimbabwe, em visita ad Limina apostolorum. Na sua mensagem o Papa deu graças ao Senhor por aquilo que a Igreja no Zimbabwe tem feito e ainda continua a fazer: pequenos centros missionários transformaram-se em paróquias e dioceses, a Igreja tornou-se autóctone - uma árvore jovem e forte no jardim do Senhor, cheia de vida e dando ricos frutos - gerações de zimbabueanos, incluindo muitos líderes políticos, foram formados em escolas da Igreja, foram criados hospitais católicos, muitas vocações ao sacerdócio e à vida religiosa vieram desta terra e ainda continuam a vir – afirmou o Papa Francisco.
Logo pela manhã bem cedo o Santo Padre na missa em Santa Marta afirmou que o matrimónio cristão é fiel perseverante e fecundo.


Dia 3
No dia 3 de junho, terça-feira, o Papa Francisco na Missa em Santa Marta afirmou que Jesus reza por cada um de nós, mostrando ao Pai as suas chagas.


Dia 4
Grande multidão e tanto entusiasmo na Praça de S. Pedro para a audiência geral com o Papa Francisco na quarta-feira dia 4 de junho. O tema da catequese foi o dom da piedade e o Santo Padre, desde logo, esclareceu a sua definição:

“É preciso esclarecer, desde logo, que este dom não se identifica com o ter compaixão de alguém, ter piedade do próximo, mas indica a nossa pertença a Deus e a nossa ligação profunda com Ele, uma ligação que dá sentido a toda a nossa vida e que nos mantém em comunhão com Ele, mesmo nos momentos mais difíceis e complicados.”


Dia 5
Na manhã de quinta-feira dia 5 de junho o Papa Francisco na missa em Santa Marta afirmou que a Igreja não é rígida, a Igreja é livre. Na sua homilia o Santo Padre colocou em destaque três tipologias de cristãos: os que querem uniformizar, os que querem uma alternativa à Igreja e os aproveitadores que procuram vantagens de negócio. Todos estes têm em comum promoverem uma atitude rígida que os afasta da Igreja.


No final da manhã o Papa Francisco encontrou-se com Aram I, Catholicos (chefe) da Igreja Arménia Apostólica da Cilícia. No discurso que dirigiu ao líder religioso da Igreja Arménia o Santo Padre recordou o empenho de Aram I em favor da causa da unidade entre todos os crentes em Cristo, nomeadamente no apoio dado ao Conselho das Igrejas do Médio Oriente e na Comissão mista de diálogo entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas orientais:

“Neste caminho em direção à plena comunhão, partilhamos as mesmas esperanças e o mesmo empenho responsável, conscientes de caminhar assim na vontade do Senhor Jesus Cristo”.


Dia 6
No dia 6, sexta-feira, o Papa Francisco esteve na Praça de S. Pedro com os agentes e respetivas famílias da força de segurança pública “Carabinieri”, nos 200 da fundação desta corporação. Logo pela manhã o Santo Padre na Missa em Santa Marta, dirigindo-se aos sacerdotes, afirmou que Jesus, nosso primeiro amor, nunca se esquece, sendo preciso interrogarmo-nos sobre a vivência desse amor:

“Esta é a pergunta que faço a mim, aos meus irmãos bispos e sacerdotes: como está o amor hoje, aquele com Jesus? É como o primeiro? Estou enamorado como no primeiro dia? Ou o trabalho, as preocupações fazem-me olhar para outras coisas e esquecer um pouco o amor? Mas os casais discutem. E isso é normal. Mas quando não há amor, não se discute, rompe-se.”


Dia 8
No domingo dia 8, Missa de Pentecostes na Basílica de S. Pedro presidida pelo Papa Francisco que na sua homilia afirmou que xgo Espírito Santo nos “ensina, recorda e leva a falar”.

“O Espírito Santo ensina-nos o caminho, recorda-nos e explica as palavras de Jesus, faz-nos rezar e chamar Pai a Deus, faz-nos falar aos homens em diálogo fraterno e faz-nos falar na profecia.”


Ao meio-dia, falando aos fiéis congregados na Praça de São Pedro, o Papa Francisco referiu dois aspetos que impressionam no acontecimento do Pentecostes : é uma Igreja que surpreende e que perturba que baralha:

“Um elemento fundamental do Pentecostes é a surpresa: já ninguém esperava nada dos discípulos, que depois da morte de Jesus se tinham tornado num grupeto insignificante, gente derrotada, órfãos do seu Mestre”. Ora a Igreja que nasce do Pentecostes suscita admiração por anunciar, com a força que vem de Deus, uma mensagem nova – a Ressurreição de Jesus, e isso com uma linguagem nova – a linguagem do amor.”
“Assim está chamada a ser sempre a Igreja: capaz de surpreender anunciando a todos que Jesus Cristo venceu a morte, que os braços de Deus estão sempre abertos, que a sua paciência está sempre ali, à nossa espera, para nos curar e nos perdoar.”

Domingo, 8 de junho de 2014 - um momento histórico, uma imagem indelével: o encontro de oração no Vaticano com o Papa Francisco e os presidentes israelita e palestiniano, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, na presença do Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I. As invocações foram proferidas em várias línguas, todas elas dirigidas para uma só prece: a paz na Terra Santa.
O local do encontro foi um cantinho relvado nos Jardins Vaticanos. O Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os dois Presidentes ficaram no centro enquanto as delegações, os cantores, os músicos e a imprensa ladearam este encontro memorável. Usaram da palavra os três principais protagonistas: o Papa Francisco e os presidentes Peres e Abbas. O Santo Padre afirmou que este é o momento de “derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz” e considerou que este mundo “é uma herança” mas também “um empréstimo” aos nossos filhos:

“Senhores Presidentes, o mundo é uma herança que recebemos dos nossos antepassados, mas é também um empréstimo dos nossos filhos: filhos que estão cansados e desfalecidos pelos conflitos e desejosos de alcançar a aurora da paz; filhos que nos pedem para derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz a fim de que o amor e a amizade triunfem.”

O Papa Francisco sublinhou ainda que para dizer sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades é preciso coragem:

“É preciso coragem para fazer a paz, muita mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.”

Um sentido agradecimento foi dirigido ao Papa Francisco quer pelo presidente Peres quer pelo presidente Abbas por ter proposto no Vaticano este encontro. Ambos tomaram a palavra. Ouçamos primeiro Shimon Peres que se expressou em hebraico que afirmou que se deve pôr fim “à violência” e “ao conflito”:

“ Dois povos – israelitas e palestinianos – desejam ardentemente a paz. As lágrimas das mães sobre os seus filhos estão ainda marcadas nos nossos corações. Nós devemos pôr um fim aos gritos, à violência, ao conflito. Nós todos temos necessidade de paz. Paz entre iguais.”

A realização da verdade, da paz e da justiça foi a prece do presidente Mahmoud Abbas que falou em árabe:

“ Por isso pedimos-Te, Senhor, a paz na Terra Santa, Palestina e Jerusalém, juntos com o seu povo. Nós pedimos-Te de tornar a Palestina e Jerusalém, em particular, uma terra segura para todos os crentes, e um lugar de oração e de culto para os seguidores das três religiões monoteístas.”

Com as palavras dos dois presidentes, israelita e palestiniano, terminou este encontro que ficou marcado por um cordial abraço e pelo plantar de uma oliveira para a paz.


E com a oração pela Paz na Terra Santa realizada no Vaticano neste domingo, dia 8, terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 2 a 8 de junho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa. (RS)








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