Encontro Mundial da Pastoral dos Ciganos hoje no Vaticano
Cidade do Vaticano
(RV) – A comunidade cigana está distribuída nos continentes americano, europeu
e em alguns países da Ásia, num total de 36 milhões de pessoas. No Brasil, os dados
indicam que mais de 900 mil ciganos vivam no país, nada comparado, porém, aos 18 milhões
da Índia, terra de suas origens.
Uma população que recebe a atenção da Igreja
onde quer que se encontre. No trabalho pastoral junto a eles e aceitando o convite
de Papa Francisco para ir até as periferias existenciais e geográficas, as comunidades
cristãs reúnem leigos, sacerdotes, diáconos e religiosos de etnia cigana para atuar
junto aos ciganos que se encontram em 24 países do mundo. Um trabalho realizado, principalmente,
em pastorais que estão bem estruturadas no nosso país, no Brasil, na Argentina, nos
EUA, na Europa, na Índia e em Bangladesh.
Hoje (5), no Vaticano, o Encontro
Mundial dos Promotores Episcopais e dos Diretores Nacionais da Pastoral dos Ciganos
pretende avaliar o empenho da Igreja nesse contexto e segundo uma realidade que exige
novas estratégias de atuação perante a comunidade cigana. Serão dois dias de debates
para analisar novos e adequados métodos em relação ao tema, incentivados pela exortação
do Santo Padre.
O Encontro tem como tema “A Igreja e os Ciganos: anunciar
o Evangelho nas periferias”, e é organizado pelo Pontifício Conselho da Pastoral para
os Migrantes e os Itinerantes. Os participantes provenientes de 26 países da América,
Ásia e Europa também devem aproveitar a ocasião para preparar as celebrações ao cinquentenário
da visita de Paulo VI ao acampamento dos ciganos na cidade de Pomezia, aqui na Itália,
ocorrida em 1965.
Para o primeiro dia de Encontro, bispos, promotores episcopais,
diretores nacionais, padres, freiras, leigos e consultores que participam do evento
serão recebidos em audiência pelo Papa Francisco aqui no Vaticano. O povo cigano
tem o seu primeiro e até agora único beato, Zeffirino Gimenez Malla, que foi proclamado
por Papa Bento XVI o “Mártir do Rosário”. Outros dois ciganos estão em processo de
beatificação por martírio: Emilia e Juan Ramón. (AC)