2014-06-02 14:38:28

Rep. Centro-Africana: "massacre de Fátima"


Bangui (RV) – Foi chamado “o massacre de Fátima”. 16 mortos talvez: “na realidade não sabemos quantas são as vítimas ou os feridos. Levaram embora muitas pessoas, mas não existem informações confiáveis”, lamenta com profunda tristeza o Pároco, Gabriele Perobelli, missionário comboniano. E completa em seguida: “Nós, em todo caso, não arredamos pé, não deixaremos a paróquia. Eu vivo aqui há 16 anos e não tenho intenção alguma de abandonar meu rebanho”.

No atentado contra a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Bangui, República Centro-Africana, que fica a 500 metros da linha vermelha que separa a área do mercado, o PK5, um dos bairros mais perigosos da cidade, na tarde de 28 de maio, morreu também um sacerdote centro-africano que estava se dirigindo para a paróquia em busca de refúgio.

O pároco, logo que ouviu os disparos quis sair para ver o que estava acontecendo, quando os paroquianos o seguraram na sala lotada de pessoas. Depois do ataque, muitos dos desabrigados que estavam em terrenos da paróquia fugiram para outras paróquias. Atualmente são 20.

Mas os três missionários combonianos, um italiano (o pároco) e seus auxiliares (um etíope e um centro-africano) não vão sair, querem continuar a ajudar seus fiéis, que continuam assustados e, que neste momento têm medo de participar da vida da paróquia.

Padre Perobelli diz que nas missas diárias que contava com a participação de duzentas a trezentas pessoas, depois do ataque, só participam umas 15 a 20. O clima é tenso em Bangui, há manifestações contra o governo e enfrentamentos; já aconteceram três mortes e vários feridos. O povo protesta porque não s sente protegido nem pelo governo, nem pelo militares franceses da missão Sangaris, nem daqueles africanos da Misca. (SP)








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