Papa aos bispos do Zimbábue: "guiar o povo para a unidade e curar as feridas"
Cidade do Vaticano
(RV) – Que a Igreja do Zimbábue esteja sempre ao lado do povo, sobretudo nos momentos
de frustração e de desespero. Foi o que pediu o Papa Francisco no discurso entregue
aos bispos do Zimbábue, em visita ad Limina. O Pontífice recordou a grande contribuição
oferecida pela Igreja Católica ao país antes e após a independência e deteve-se na
crise “espiritual e moral” pela qual atravessa o país africano.
Os cristãos
– observou o Papa – encontram-se diante de todo tipo de conflito, situação que convida
os bispos “a guiar todos com grande doçura para a unidade e a cura das feridas”. O
vosso – escreve o Papa – “é um povo formado por brancos e negros, alguns ricos e muitos
pobres, de numerosas tribos”. Os cristãos – prossegue – “fazem parte de todos os partidos
políticos e alguns ocupam posição de autoridade”. Todavia, evidencia, todos juntos
“tem necessidade de conversão e cura”.
A Igreja local, prossegue, fazendo referência
à Africae Munus de Bento XIV, demonstra que “a reconciliação não é um ato isolado
mas um longo processo graças ao qual cada um se vê restaurado no amor, um amor que
cura por meio da ação da Palavra de Deus”.
“Reconheço – acrescenta – que muitas
pessoas no Zimbábue atingiram o limite humano e não sabem a quem dirigir-se”. O Papa
então exorta os bispos a encorajarem os fiéis, na convicção de que o Senhor não deixará
de escutar o choro dos pobres.
Na parte conclusiva de seu discurso, o Santo
Padre dirigiu sua atenção aos sacerdotes, catequistas e leigos, acentuando a importância
de uma boa formação.
Por fim, o Papa Francisco refere-se à preparação e à guia
dos jovens católicos que desejam o matrimônio cristão, para que possam atingir “a
riqueza dos ensinamentos morais da Igreja sobre vida e amor” para assim encontrar
“a verdadeira felicidade na liberdade como mães e pais”. (JE)