2014-05-30 17:52:00

Encontro de oração pela paz renova a esperança, diz Card. Parolin


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – É grande a expectativa pelo encontro de oração pela paz, para o qual o Papa Francisco convidou os Presidentes de Israel, Shimon Peres e da Palestina, Mahmoud Abbas, e que terá lugar no Vaticano no Domingo de Pentecostes, 8 de junho. O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, falou aos microfones da Rádio Vaticano durante o encontro promovido pelo Pontifício Conselho Cor Unum, para fazer um balanço da ajuda humanitária na Síria:

Card. Parolin: “É um encontro de oração. O Papa colocou-o nesta perspectiva: a oração como força da paz. Certamente, terá um significado simbólico muito forte o fato de que o Presidente palestino e o Presidente israelense estejam juntos. Após tem este valor agregado, que é o valor da oração: que juntos rezem. Esperemos que ali, onde até agora fracassaram os esforços humanos, o Senhor dê a todos sabedoria e força, para levar em frente um verdadeiro plano de paz, também reforçando a confiança e – digamos – superando os obstáculos – muitos, numerosos, graves – que ainda hoje impedem de se chegar à paz na Terra Santa”.

RV: Portanto, se pode dizer que este encontro poderá trazer uma esperança de paz...

Card. Parolin: “Certamente. Todas estas iniciativas são simbólicas neste sentido: reavivam este desejo e esta esperança de paz; e sobretudo, eu acredito, comprometem as pessoas que participam dele e a oração, que se torna força e empenho de ação”.

RV: Passemos a este encontro promovido pelo Cor Unum sobre a Síria: um conflito, o senhor falou, que não pode ser ignorado e que a Santa Sé acompanha com grande apreensão...

Card. Parolin: “Sim, o tem a peito desde o princípio. Eu recordava no meu pronunciamento as várias tomadas de posição, os discursos, os apelos quer do Papa Bento como do Papa Francisco. E o tem a peito, eu diria, especialmente neste momento, em que existe um pouco o risco de que isto se torne um conflito esquecido. Chamar a atenção da comunidade internacional, chamar novamente a atenção de todos aqueles que tem alguma responsabilidade e estão de alguma maneira envolvidos nesta situação de crise, para encontrar uma solução negociada, que é a única que pode dar uma resposta ao conflito”.

RV - Embora observando as expectativas não atendidas da Conferência de Paz "Genebra 2" sobre a Síria, demonstrou que uma solução negociada é possível, mostrando como exemplo o acordo sobre a destruição das armas químicas ...

Card. Parolin: “Sim, sim. Nós estamos totalmente convencidos disto. Porém, eu sublinhava também como uma solução negociada seja possível quando existe uma vontade política. É necessário, portanto, que todas as partes interessadas tenham esta vontade, deixando de lado a idéia de poder, de alguma forma, prevalecer com as armas. Como disseram todos os especialistas: o único caminho é a negociação, o sentar-se em torno de uma mesa, dialogar, porque de outra forma não se poderá sair e aumentarão somente os sofrimentos e as dores da população”.

RV: Entre as urgências, foi reiterada a necessidade de ser abrir canais humanitários...

Card. Parolin: “Este é um ponto muito importante, porque é necessário que a toda população, independentemente de sua pertença religiosa ou étnica, chegue a comida e cheguem os remédios. A Santa Sé, portanto, sempre fez isto e continua a fazê-lo e deve insistir sobre este ponto, para que este acesso não seja negado a ninguém, mas todos possam usufruir das coisas necessárias para sobreviver e seguir em frente”. (JE)









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