2014-05-28 11:50:49

Caso Meriam. Dom Tomasi: é necessário respeito pela liberdade religiosa e o diálogo


O mundo continua a emocionar-se e a Comunidade internacional a trabalhar para que as autoridades sudanesas libertem Meriam Yahya Ibrahim Ishaq. Esta mulher, que foi condenada à morte sob a acusação de apostasia, deu à luz nesta terça-feira a criança que trazia no ventre.
[Serviço de Massimiliano Menichetti]:

Chama-se Maya , a criança de Meriam Ibrahim Yahya Ishaq, a mulher de 27 anos condenada à forca por apostasia. A menina nasceu na enfermaria da prisão, em Cartum, e está bem. Por enquanto não existem possibilidades para Meriam sair do centro de detenção. Na cela, acorrentada, ela esperou o nascimento da bebé juntamente com o seu filho de 20 meses. Desde o passado dia 17 de Fevereiro, quando Meriam foi presa depois da denúncia de um parente, o marido está a lutar para libertá-la. São numerosos os apelos para a sua libertação por parte da Igreja local, ONGs e diplomatas. Sobre ela pende a acusação de se ter convertido ao cristianismo. Na verdade, ela é filha de uma mulher cristã ortodoxa e de um muçulmano que abandonou a casa quando ela era pequena, e portanto cresceu com os valores cristãos. Para a lei do Alcorão, contudo, que prevê a transmissão da fé na linha paterna, ela continua a ser um muçulmana. É também acusada de adultério por se ter casado com um cristão, e por isto foi condenada a cem chicotadas. A execução da condenação à forca foi suspensa por dois anos por causa do nascimento da filha, e também está previsto um novo processo que poderia excluir a pena capital, mas nos últimos dias, segundo fontes locais, ela ainda recebeu pressões (rejeitadas por Meriam) para renegar a própria fé.

“É necessário respeitar o direito fundamental da liberdade religiosa", foi o comentário de D Silvano Maria Tomasi, Observador permanente da Santa Sé na Sede da ONU, em Genebra, sobre o caso de Meriam.








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