No final da Missa em Belém, Papa Francisco convida Presidentes da Palestina e de Israel
a um encontro de oração pela paz, no Vaticano
Repleta de
fiéis a praça da Manjedoura, em Belém, onde Papa Francisco celebrou a Eucaristia dominical.
No final, depois do canto do Regina Coeli, o Santo Padre lançou um convite direto
aos Presidentes da Palestina e de Israel, a invocarem juntos a paz, disponibilizando
a acolhê-los conjuntamente para tal iniciativa. Disse textualmente o Papa:
Neste
Lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo fazer um convite a Vossa Excelência,
Senhor Presidente Mahmoud Abbas, e ao Senhor Presidente Shimon Peres para elevarem,
juntamente comigo, uma intensa oração, implorando de Deus o dom da paz. Ofereço a
minha casa, no Vaticano, para hospedar este encontro de oração. Todos
desejamos a paz; tantas pessoas a constroem dia a dia com pequenos gestos; muitos
sofrem e suportam pacientemente a fadiga de tantas tentativas para a construir. E
todos – especialmente aqueles que estão colocados ao serviço do seu próprio povo –
temos o dever de nos fazer instrumentos e construtores de paz, antes de mais nada
na oração. Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento.
Todos os homens e mulheres desta Terra e do mundo inteiro pedem-nos para levarmos
à presença de Deus a sua ardente aspiração pela paz.
Na homilia
o Santo Padre comentou as palavras que os anjos dirigiram aos pastores, convidando-os
a correrem a Belém a adorar o Menino Deus: "Isto vos servirá de sinal: encontrareis
um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura".
"Também hoje as crianças
são um sinal - fez notar o Papa. Sinal de esperança, sinal de vida, mas também
sinal de diagnóstico (disse), para compreender o estado de saúde duma família,
duma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas,
tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano".
Como
o Menino (Jesus) nasceu em Belém - insistiu Papa Francisco quase a concluir a homilia
- assim "cada criança que nasce e cresce em qualquer parte do mundo é sinal de diagnóstico
que nos permite verificar o estado de saúde da nossa família, da nossa comunidade,
da nossa nação". É daí, "deste diagnóstico franco e honesto", que há-de brotar um
novo estilo de vida, onde as relações deixem de ser de conflito, de opressão, de consumismo,
para serem relações de fraternidade, de perdão e reconciliação, de partilha e de amor"
- concluiu.