Cidade do Vaticano (RV) – Em um certo sentido
a viagem do Papa Francisco, que já se encontra na Terra Santa, mais precisamente em
Amã, onde chegou logo após o meio-dia, hora local, deste sábado, teve início no último
dia 6 de janeiro quando ele anunciou ao mundo que tinha o desejo “se Deus quiser”
de ir à Terra Santa como peregrino, seguindo os passos de seus 3 predecessores que
ali estiveram, e para recordar os 50 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo
VI e o Patriarca Atenágoras, um abarço esperado por séculos. A demonstração concreta
do início da viagem foi também nesta sexta-feira de manhã, quando – a exemplo do que
já fizera antes de viajar para o Brasil, para participar da JMJ – Francisco foi até
a Basílica de Santa Maria Maior, no centro histórico de Roma, para depositar aos pés
da imagem de Nossa Senhora “Salus populi Romani” um buquê de flores. Momentos intensos
de oração, de silêncio e de entrega.
Ver o Papa entre os bancos desta antiga
Basílica, para quem ali trabalha, parecer ser quase normal, quando se fala de uma
viagem de Francisco fora do território italiano. O Papa latino-americano foi confiar
a Nossa Senhora os frutos dessa peregrinação estritamente religiosa, como disse na
última quarta-feira, durante a audiência geral na Praça São Pedro. “Primeiro, para
encontrar o meu irmão Bartolomeu I por ocasião dos 50 anos do encontro de Paulo VI
com Atenágoras I. Pedro e André se encontrarão novamente e isso é muito belo. O segundo
motivo é rezar pela paz naquela terra que sofre tanto. Peço a vocês que rezem por
esta viagem.”
Esse peço a vocês para que rezem por esta viagem é o convite
que também nós fazemos a todos os nossos ouvintes... para que através da oração possam
peregrinar com Francisco nesta terra que há tanta necessidade de paz.
A viagem
do Santo Padre é uma viagem que visa também encorajar toda a comunidade cristã, presente
nestas terras que chamamos de Santa; mas será também uma viagem de apoio à presença
cristã, de consolação, sobretudo com o encontro no Santo Sepulcro entre Francisco
e Bartolomeu, Pedro e André, que será um grande sinal e um gesto de unidade entre
todos os cristãos no mundo, mas, sobretudo na Terra Santa. (Silvonei José)