Tel Aviv (RV) – Medidas excepcionais de segurança são ultimadas em Amã, Belém
e Jerusalém, em função da chegada do Papa Francisco a Terra Santa na manhã deste sábado,
24 de maio. Em cada uma das etapas, milhares de agentes de segurança serão mobilizados
para garantir a integridade do Pontífice que ama estar em meio à multidão e que rejeita
o uso de carros blindados para seus deslocamentos.
Em Amã, Jordânia, forças
especiais e anti-motim serão dispostas estrategicamente a partir da manhã de sábado.
Atenção particular será dedicada à Missa que o Pontífice presidirá no Estádio Internacional
de Amã. Forças de elite do Reino Hashemita acompanharão o Pontífice durante o encontro
com refugiados sírios. Já no Rio Jordão, na fronteira com Israel, onde Jesus foi batizado,
na fronteira a vigilância será elevada e o local fechado ao público.
Em Belém,
onde o Pontífice permanecerá por cerca de sete horas, a Autoridade Nacional Palestina
confiará a segurança a três mil agentes, que há dois meses preparam-se para o evento.
O Papa Francisco será constantemente protegido por 850 membros da Guarda Presidencial,
disposto em três círculos concêntricos: um em volta do Papa, o segundo em uma cadeia
de bloqueios e o terceiro de franco-atiradores, posicionados nos tetos da cidade.
Em
Israel, informa a Polícia, foram completados hoje os preparativos para a ‘Operação
Manta Branca’ que prevê o emprego de 8.500 agentes de segurança e de quase dois mil
militares, em uma operação logística entre as mais complexas dos últimos anos.
Na
Cidade Velha de Jerusalém, onde existem locais sagrados para as três religiões monoteístas,
estão em operação 320 câmeras de vigilância que acompanharão, não somente dos deslocamentos
do Papa, mas também as atividades de radicais judeus, que nos últimos meses multiplicaram
atos de vandalismo contra locais de culto cristão. “Não poucos locais de culto cristão
em Israel estão sob proteção”, revelou à Agência Ansa Tália Lador, dirigente do Ministério
do Exterior israelense. A Polícia – acrescentou – está fazendo o possível para impedir
que a visita do Pontífice (“amigo do povo judeu”) seja perturbada por provocações
da direita radical judaica”. (JE)