Libertados funcionários sequestrados por rebeldes no Mali
No norte do Mali, a cidade de Kidal continua a ser o epicentro de grandes tensões.
Foram libertados 32 funcionários sequestrados no sábado pelos rebeldes tuaregues (foto:
acolhidos no aeroporto pelo PR) , mas permanece elevada a preocupação.
No
último sábado, umas vinte pessoas entre militares e civis, perderam a vida durante
um ataque dos rebeldes do Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (MNLA). Os
insurgentes, na mesma ocasião, também haviam levado 32 funcionários como reféns ,
atacando a própria sede do governo, enquanto o primeiro-ministro Moussa Mara estava
de visita à cidade .
Na última segunda-feira, depois de extenuantes negociações,
os reféns foram liberados, de acordo com uma declaração oficial de Radhia Achouri,
porta-voz da missão de paz das Nações Unidas no Mali. É importante, contudo, o esclarecimento
feito ontem pelo presidente maliano Ibrahim Boubacar Keita que delineou, num discurso
à nação, uma estratégia de duas vias. Por um lado ele reiterou que o governo de Bamako
não se opõe às negociações com os separatistas do Azawad, mas também disse que o exército
garantirá a segurança nacional e que sobretudo os autores dos sequestros e execuções
sumárias serão perseguidos pela justiça nacional e internacional, porque estes crimes
são crimes contra a humanidade.