Maringá (RV) - Na convivência do dia-a-dia estamos vivendo uma batalha permanente
entre aqueles que têm a mente corrompida e que odeiam a verdade, e até fazem da oração
uma fonte de lucro. É uma disputa entre homens corruptos, longe da verdade, e pensam
estar fazendo bem à coletividade, realizando o bem comum. Mentes e coração ávidos
do lucro, provocando ódio, indignação e despertando sentimentos de vingança. A coletividade,
o povo quer gritar, quer se manifestar, quer reivindicar a dignidade e o direito de
viver na justiça. A paz que queremos, que desejamos, é fruto da Justiça (Is.32,17).
“Todo
ato de injustiça e desamor é pecado e fonte de violência. Ela sempre aparece quando
é negado à pessoa aquilo que lhe é de direito a partir de sua dignidade ou quando
a convivência humana é direcionada para o mal. A violência nega a ordem querida por
Deus.” (CF 2009 nº 197).
A corrupção, em todas as áreas, além de ser um péssimo
exemplo principalmente para as crianças e jovens, líderes em potencial, é uma ameaça
à paz social e à garantia de segurança. Como diz a palavra: “Movidos por sórdida ganância,
tais mestres os explorarão com suas lendas e artimanhas. Todavia, sua condenação desde
há muito tempo paira sobre eles, e sua destruição já está em processo” (2 Pd. 2,3).
O grito que a nação brasileira tem entalado na garganta é o grito pela dignidade,
pela segurança, pela educação, pela saúde, pela vida na sua totalidade. As manifestações
pacíficas e ordeiras têm como objetivo fazer calar essas vozes de aparências, de promessas
e discursos bonitos, de líderes cujo poder é exercido em beneficio próprio. A crítica
precisa ser feita a todos os partidos, às instituições e também à iniciativa privada.
A Palavra de Deus é direta: “É necessário fazê-los calar, pois, motivados
pela cobiça, transtornam casas inteiras, pregando o que não convém” ( Tito 1,11).
Um Brasil que nasceu aos pés da cruz, tem raízes cristãs, tem povo temente a Deus,
tem amor e honestidade em ganhar o pão com o suor do próprio rosto.
Por isso
é inadmissível que os nossos líderes políticos, com a conivência da iniciativa privada,
continuem promovendo e legitimando a corrupção. Precisamos de uma reforma política.
Ninguém queira fazer justiça com as próprias mãos. Lembremos o que o Apóstolo
Paulo fala à comunidade Tessalônica: “Então, será plenamente revelado o perverso,
a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela gloriosa manifestação
da sua vinda (2 Tes 2.8,11).
Deus é o autor da Justiça. O julgamento do perverso
e do corrupto está ardendo nas mãos de Deus. Vamos tomar cuidado para que o nosso
coração não se perverta, não seja incrédulo, afastando-se do Deus vivo e verdadeiro.
“Irmãos,
tende muito cuidado, para que nenhum de vós mantenha um coração perverso e incrédulo,
que se afaste do Deus vivo” (Heb 3-12,13). Nada pior do que uma consciência pervertida.
O profeta Ezequiel faz uma alerta para a coerência entre a fé e as obras:
“O meu povo vem a ti, como costuma fazer, e se assenta para ouvir a tua pregação,
mas não coloca a Palavra em prática. Com a boca eles chegam a expressar louvor e devoção,
mas o coração dessa gente dá mais importância ao lucro, estão ávidos por ganhos injustos”
(Ez 33,31).
No sermão das Bem-Aventuranças Jesus é taxativo: “Felizes os que
promovem a paz, porque serão chamados Filhos de Deus” (Mt 5,9). Se acreditamos que
Deus é verdadeiramente o nosso Criador e Pai, é nossa obrigação de filhos e herdeiros
de seu Reino promover a Paz, lutando contra a injustiça. Que Deus nos abençoe. Boa
semana pra você e sua família!