Missão Continental: "A paróquia, comunidade de comunidades", no Documento de Aparecida
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do nosso quadro "O Brasil na
Missão Continental" queremos dar continuidade ao nosso enfoque da semana passada,
cuja atenção esteve centralizada nas paróquias.
Nossa abordagem em torno da
paróquia tem como motivação de fundo a 52ª Assembleia Geral da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida, SP, de 30 de abril a 9 de maio.
Portanto, concluída sexta-feira passada. Vale lembrar que "Comunidade de comunidades
– uma nova Paróquia" foi o tema que norteou o trabalho dos nossos bispos, retomando
assim o tema central da Assembléia precedente.
O tema reconduz-nos inevitavelmente
ao chamado "Documento de Aparecida", resultado da V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe. De fato, um dos frutos amadurecidos da Conferência de
Aparecida é o conceito da paróquia como rede de comunidades, sendo esta, portanto,
uma comunidade de comunidades.
Por isso mesmo, continuamos hoje vendo o que
nos diz o Documento de Aparecida sobre "A paróquia, comunidade de comunidades",
atendo-nos desta vez aos números 173, 174 e à primeira parte do nº 175:
173.
A V Conferência Geral é uma oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem
missionárias. O número de católicos que chegam à nossa celebração dominical é limitado;
é imenso o número dos distanciados, assim como o número daqueles que não conhecem
a Cristo. A renovação missionária das paróquias se impõe, tanto na evangelização das
grandes cidades como do mundo rural de nosso Continente, que está exigindo de nós
imaginação e criatividade para chegar às multidões que desejam o Evangelho de Jesus
Cristo. Particularmente no mundo urbano, é urgente a criação de novas estruturas pastorais,
visto que muitas delas nasceram em outras épocas para responder às necessidades do
âmbito rural.
174. Os melhores esforços das paróquias neste início do
terceiro milênio devem estar na convocação e na formação de leigos missionários. Só
através da multiplicação deles poderemos chegar a responder às exigências missionárias
do momento atual. Também é importante recordar que o campo específico da atividade
evangelizadora leiga é o complexo mundo do trabalho, da cultura, das ciências e das
artes, da política, dos meios de comunicação e da economia, assim como as esferas
da família, da educação, da vida profissional, sobretudo nos contextos onde a Igreja
se faz presente somente por eles.
175. Seguindo o exemplo da primeira
comunidade cristã (cf At 2,46-47), a comunidade paroquial se reúne para partir o pão
da Palavra e da Eucaristia e perseverar na catequese, na vida sacramental e na prática
da caridade. Na celebração eucarística, ela renova sua vida em Cristo. A Eucaristia,
na qual se fortalece a comunidade dos discípulos, é para a Paróquia uma escola de
vida cristã. Nela, juntamente com a adoração eucarística e com a prática do sacramento
da reconciliação para comungar dignamente, seus membros são preparados para dar frutos
permanentes de caridade, reconciliação e justiça para a vida do mundo.
Amigo
ouvinte, por hoje é só. Semana que vem tem mais, se Deus quiser! (RL)