Cardeal Tauran em Amã: a cidade está pronta para acolher o Papa

Cidade do Vaticano (RV) - Conclui-se nesta quarta-feira a visita de três dias à Jordânia do presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran. O purpurado francês participou de vários encontros promovidos pelo dicastério vaticano junto com o Instituto real de estudos interconfessionais, fundado e dirigido pelo príncipe jordaniano El Hassan bin Talal.

A visita do Cardeal Tauran teve lugar a poucos dias da viagem do Papa à Terra Santa, de 24 a 26 do corrente. De fato, dia 24 Francisco estará em Amã – capital jordaniana.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, o purpurado disse-nos qual é a atmosfera em Amã, que se prepara para acolher o Pontífice:

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "A cidade inteira está se preparando. Em todos os lugares já se veem anúncio da visita. Falei com alguns bispos: as paróquias estão mobilizadas e a atmosfera é muito acolhedora: em todos os lugares vemos fotos com o aperto de mão entre o Papa e o Rei... Todos se preparam para acolher o Papa com muito afeto, de modo muito entusiasta... Este é um povo muito acolhedor e hospitaleiro. Realmente há uma atmosfera de grande expectativa. As pessoas que encontrei, com as quais tenho longa amizade, me confirmaram que há grande simpatia pelo Papa: o Papa é muito popular."

RV: Na segunda feira o senhor participou de um encontro que teve como tema "Religiões e violência". Quais foram as conclusões?

Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Todos fomos concordes em afirmar que religião e violência não podem caminhar juntas. Foi fortemente ressaltado o fato que não há guerras de religião em andamento: as crises que agitam o mundo, em particular no Oriente Médio, não têm em sua origem, como causa, a religião. Inclusive a religião é uma das dimensões que pode dar solução a este problema: efetivamente, não se pode compreender o mundo de hoje sem as religiões. Nossos amigos muçulmanos denunciaram, conosco, que as razões das crises não são as religiões, mas a ignorância e o preconceito." (RL)