EUA não querem interferência dos militares nas eleições da Guiné-Bissau
EUA não querem interferência dos militares nas eleições guineenses , segundo nos informa
a nossa correspondente em Bissau, Indira Correia Baldé.
"Instamos
os serviços de segurança a não interferirem na 1ªvolta das eleições, e reiteramos
a mesma posição para a 2ª volta e durante o período em que o governo democraticamente
eleito tome posse a partir de Junho", advertiu o Embaixador dos Estados Unidos de
América junto das autoridades da Guiné-Bissau e do Senegal com residência em Dacar.
Lewis Lukens esteve em Bissau numa missão oficial, da qual manteve encontros
com o Presidente de Transição, Serifo Nhamadjo, a quem reiterou os interesses dos
Estados Unidos em ver a Guiné-Bissau concluir com êxito o regresso à ordem constitucional.
O
diplomata americano manteve igualmente encontros com o Representante Especial do Secretário-geral
da ONU, José Ramos Horta, o Chefe Militar António Indjai, o Representante da Juventude
e Candidatos a Presidente da República, dando a mesma mensagem: "É vital para o futuro
da Guiné-Bissau que o País conclua a transição para um governo democraticamente eleito". Segundo
Lewis Lukens os Estados Unidos se congratularam pela forma pacífica e ordeira como
decorreu a 1ªvolta das eleições, isentas de irregularidades processuais. Na contagem
decrescente para a 2ª volta das eleições presidenciais,18 de Maio, o diplomata lembrou
aos guineenses que essas eleições são cruciais para a Comunidade Internacional poder
apoiar a Guiné-Bissau a implementar a reforma, a reconciliação e a reconstrução do
País. O representante da diplomacia americana junto das autoridades guineenses
afirmou ainda que "a Comunidade Internacional observará de perto as eleições, e apoiaremos
a implementação de um plano para garantir que a próxima administração civil trabalhe
de forma responsável, governando com justiça e transparência. Se a Guiné-Bissau retornar
à ordem constitucional, esperamos accionar os mecanismos para levantar as sanções
impostas sobre a assistência dos EUA". Ainda sobre as eleições, a campanha de apelo
ao voto vai no seu 7º dia com os candidatos a movimentarem pelo País para tentar convencer
o eleitorado. Os boletins de voto impressos na África do Sul já se encontram no
País e parte dos observadores eleitorais de curta duração chegarão a Guiné-Bissau
este fim-de-semana. Indira Correia Baldé, em Bissau