Aparecida
(RV) – Penúltimo dia de atividades da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil,
reunidos em cerca de 350 no Santuário Nacional de Aparecida. Os temas em discussão
estão na reta final com a aprovação de vários textos como a Questão Agrária. A celebração
desta manhã na Basílica de Nossa Senhora foi presidida por Dom Jacinto Bergmann, Arcebispo
de Pelotas, RS, e concelebrada pelos Bispos referenciais de Catequese dos Regionais.
Ainda
nesta manhã encontros reservados e o tema do Projeto Brasil, que diz respeito à Cartilha
para as Eleições.
Sobre as atividades até este momento da Assembleia nós conversamos
com o Vice-Presidente da CNBB, o Arcebispo de São Luiz do Maranhão, Dom José Belisário
da Silva...
Na coletiva de imprensa de ontem, com a participação do Arcebispo
do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta; do Bispo de Balsas (MA) e Presidente
da Comissão Pastoral da Terra, Dom Enemésio Lazzaris; e do Bispo auxiliar de Campo
Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro, um dos temas foi “As consequências e os desafios
pastorais da evangelização da juventude no Brasil” após a Jornada Mundial da Juventude
Rio2013. Esse tema também entrou no debate dos bispos. A Comissão Episcopal Pastoral
para a Juventude da CNBB cujo Presidente é Dom Eduadro, vem articulando ações pastorais
nos regionais e dioceses com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos de evangelização
iniciados pela JMJ.
Sobre os jovens e a proposta da Missão Amazônia, nós conversamos
com o Assessor da Comissão Pastoral para a Juventude, Padre Sávio...
Ontem
a discussão sobre o tema da Questão Agrária brasileira refletido pelos bispos presentes
na Assembleia, que se dedicaram ao estudo desta situação no país, aprovando o Documento
“Igreja e Questão Agrária brasileira no início do século XXI”. O texto faz uma leitura
da realidade agrária brasileira nas condições históricas atuais. A Comissão Pastoral
da Terra (CPT) divulgou relatório sobre "Conflitos no Campo Brasil 2013".
O
Grupo de Trabalho sobre o Concílio Vaticano II apresentou ontem aos bispos as atividades
desenvolvidas pela Igreja no Brasil a respeito das comemorações do cinquentenário
do evento. Fazem parte do GT o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer;
o Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira; o Arcebispo de Belém (AM),
Dom Alberto Taveira, e o Bispo emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Sândalo Bernardino.
Os
bispos falaram sobre as inúmeras atividades que estão ocorrendo nas dioceses brasileiras,
à luz dos textos conciliares, como encontros de formação para presbíteros e de agentes
de pastoral, semanas teológicas e simpósios, além das muitas publicações. “É uma grande
contribuição”, disse Dom Gil, que destacou a tradução dos documentos conciliares pelas
Edições CNBB, coordenada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.
O
Cardeal Odilo Pedro Scherer lembrou que a temática da Campanha da Fraternidade 2015,
“Fraternidade, Igreja e Sociedade”, é inspirada nas reflexões do Concílio. Falou sobre
o Congresso Teológico, previsto para acontecer no próximo ano e que será organizado
pelo GT e pela Comissão para a Doutrina da Fé. “Trata-se de um momento de reflexão
sobre o Concílio e também sobre o pós-Concílio, assim como sobre as perspectivas de
como colocar em prática as inspirações conciliares”, disse Dom Odilo.
Em nome
da Comissão, dom Angélico sugeriu aos bispos para que, em suas dioceses, todas as
grandes comemorações como romarias, novenas, entre outras, sejam abertas “ao que o
espírito diz hoje à Igreja por meio das luzes do Concílio Vaticano II”.
“O
Vaticano II deve ser a bússola orientadora da caminhada da Igreja deste novo milênio”,
acrescentou Dom Angélico recordando a fala de São João Paulo II. Foi recordada a presença
do arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires, único padre conciliar presente
na Assembleia. (De Aparecida para a Rádio Vaticano, Silvonei José)