2014-05-07 16:08:44

Missão Continental: "A paróquia, comunidade de comunidades", segundo o Documento de Aparecida


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, Missão Continental é o nome dado à experiência que a Igreja em nosso subcontinente tem vivido desde 2007, com a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, cujo projeto de animação missionária propõe-se a colocar toda a Igreja no "Continente da Esperança" em estado permanente de missão.

A preciosa reflexão, discussão e debate dos nossos bispos na referida ocasião representeou um ulterior enriquecimento para a nossa Igreja frente aos desafios a que é chamada a responder.

Os resultados desta Conferência encontram-se particularmente reunidos no chamado "Documento de Aparecida", valiosíssimo instrumento para a ação evangelizadora da Igreja nesta nossa porção do Povo de Deus.

Um dos pontos fortes de Aparecida diz respeito à Paróquia como rede de comunidades. A partir daí, tem-se procurado cada vez mais aprofundar essa realidade eclesial. Já a 51ª Assembleia Geral da CNBB, realizada em Aparecida de 10 a 19 de abril do ano passado, teve como tema "Comunidade de comunidades – uma nova Paróquia".

O tema volta também desta vez ao centro da reflexão e debate dos nossos bispos, reunidos agora em sua 52ª Assembléia Geral até esta sexta-feira, 9 de maio, sempre em Aparecida, SP.

A esse propósito, nesta edição vamos nos ater ao que nos diz o Documento de Aparecida nos números 170, 171 e 172 sobre as Paróquias:

170. Entre as comunidades eclesiais nas quais vivem e se formam os discípulos e missionários de Jesus Cristo as Paróquias sobressaem. Elas são células vivas da Igreja e o lugar privilegiado no qual a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e a comunhão eclesial. São chamadas a ser casas e escolas de comunhão. Um dos maiores desejos que se tem expressado nas Igrejas da América Latina e do Caribe motivando a preparação da V Conferência Geral, é o de uma corajosa ação renovadora das Paróquias, a fim de que sejam de verdade “espaços da iniciação cristã, da educação e celebração da fé, abertas à diversidade de carismas, serviços e ministérios, organizadas de modo comunitário e responsável, integradoras de movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes”.

171. Todos os membros da comunidade paroquial são responsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente. O Espírito Santo que atua em Jesus Cristo é também enviado a todos enquanto membros da comunidade, porque sua ação não se limita ao âmbito individual. A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu no Pentecostes (cf. At 2,1-13).

172. A renovação das paróquias no início do terceiro milênio exige a reformulação de suas estruturas, para que seja uma rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão. A partir da paróquia é necessário anunciar o que Jesus Cristo “fez e ensinou” (At 1,1) enquanto esteve entre nós. Sua pessoa e sua obra são a boa nova da salvação anunciada pelos ministros e testemunhas da Palavra que o Espírito desperta e inspira. A palavra acolhida é salvífica e reveladora do mistério de Deus e de sua vontade. Toda paróquia é chamada a ser o espaço onde se receba e acolha a Palavra, celebra-se e se expresse na adoração do Corpo de Cristo e, assim, é a fonte dinâmica do discipulado missionário. Sua própria renovação exige que se deixe iluminar de novo e sempre pela Palavra viva e eficaz.

E desejando bom trabalho aos nossos bispos reunidos em Aparecida, por hoje vamos ficando por aqui. Semana que vem tem mais, se Deus quiser! (RL)







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