Assembleia das POM: Missio ad Gentes deve ser prioridade nas Igrejas locais
Roma (RV) – Está em andamento, em Roma, Assembleia Geral anual das Pontifícias
Obras Missionárias (POM), com a participação de inúmeros Diretores nacionais, entre
os quais o Pe. Camilo Pauletti, representando o Brasil.
Em seu discurso de
abertura, o Presidente das POM, Dom Protase Rugambwa, relatou que “foi um ano de
trabalho intenso”.
“Podemos certamente dizer que as POM são um dos instrumentos
mais importantes e relevantes para manter em evidência a prioridade da Missio ad Gentes
em suas igrejas”, disse o Arcebispo, citando inúmeras atividades realizadas em todo
o mundo.
Dom Rugambwa fez uma ampla referência ao ministério missionário do
Papa Francisco, o qual “deseja uma Igreja que não fique fechada em si mesma, mas uma
Igreja em saída missionária. Uma Igreja evangelicamente pobre, que se incline e escolha
os pobres, que vá a todo o mundo, especialmente rumo às periferias geográficas e antropológicas.
É um grande encorajamento para nós a continuar a obra de cooperação missionária à
qual fomos designados”.
Depois de mencionar a atividade desenvolvida pelo Comitê
executivo e pela Comissão para as finanças, o Presidente das POM falou sobre a situação
atual. “Nós nos encontramos num período de profundas transformações, não somente em
nível eclesial, mas também civil – evidenciou -. Não exagero ao dizer que hoje é difícil
inclusive trabalhar e socorrer os pobres e os que são chamados como sobras da humanidade.
Talvez, por causa de alguns abusos ou escândalos, as leis de vários Estados estão,
de fato, tornando difícil a ajuda financeira às Igrejas, colocando normas muito severas
sobre a exportação de capitais”.
A este propósito, Dom Rugambwa evocou alguns
aspectos práticos. Antes de tudo, a necessidade de “uma sincera e eficiente comunhão
entre Escritórios nacionais e Secretariados internacionais”, enquanto “é necessário
um diálogo contínuo, sincero, uma comunicação eficiente, uma ajuda recíproca, um respeito
e uma estima que derivam do fato de que todos nós trabalhamos não para nós mesmos,
mas para o Reino de Deus.
Por fim, o Arcebispo reiterou que os Diretores nacionais
devem ser uma ponte entre a Congregação e a Sede central das POM e as Conferências
episcopais, e de modo especial as Comissões para as Missões ou para a Evangelização.
“É importante recordar, especialmente nesses tempos, em que as Igrejas locais
assumiram justamente o papel de protagonistas na Missio ad Gentes – afirmou - , que
os Bispos têm a responsabilidade da Missio ad Gentes, e que as Pontifícias Obras não
existem para ajudar esta ou aquela missão escolhida pelas dioceses, ou por uma Conferência
episcopal, mas as missões de toda a Igreja e das Igrejas que mais precisam”.