2014-05-06 20:52:19

Cardeal Turkson: Empresários cristãos mobilizados a trabalhar para o bem comum


Lisboa (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e Paz (CPJP), Cardeal Peter Turkson, sublinhou nesta terça-feira, em Lisboa, a necessidade dos empresários cristãos se comprometerem com a construção de uma economia cada vez mais a serviço do bem comum.

Num encontro com gestores de diversas áreas de atividade, no âmbito da apresentação, em Portugal, do documento "A vocação do líder empresarial", o purpurado exortou os participantes a "não separarem no seu quotidiano, a fé da atividade profissional".

"Trata-se de colocar a fé também no centro do mundo dos negócios. Os cristãos têm de se conscientizar de que a fé não pode ser uma matéria guardada no íntimo de cada um, mas sim uma relação que inspira à ação, a um estilo de vida que corresponda a essa crença", frisou o cardeal ganense, em entrevista à Agência Ecclesia.

Criado pelo CPJP, o texto disponível em 15 línguas incluindo o português, surge como um manual prático de conduta para os empresários de todo o mundo.

Uma das principais interpelações presentes no documento é que os "agentes econômicos sejam continuadores, na sociedade, da força criadora de Deus".

Entre outros aspetos, o livro de 32 páginas destaca que a atividade empresarial deve ser um motor de "paz e prosperidade", gerando não só riqueza material, mas também "produzindo bens que sejam realmente bons e serviços que servem verdadeiramente; estando alerta para as oportunidades de servirem as populações carentes; promovendo a especial dignidade do trabalho humano"; sendo "justas na alocação dos recursos".

Para o Cardeal Turkson, é essencial que a mensagem passe para "as novas gerações de líderes", e para isso é preciso "ir à fonte", em ligação com as universidades e institutos educacionais, e inculcar nos jovens um novo tipo de "conduta social" que tenha em atenção os princípios presentes na Doutrina Social da Igreja como a solidariedade e a caridade.

"Estes princípios não devem ser vistos como algo oposto às regras de gestão, mas sim como algo que pode ajudar e inspirar as pessoas a encararem a sua atividade de outra perspectiva", salientou o purpurado.

Além de ressaltar o combate de problemas como a injustiça, a fraude ou a concorrência desleal no mundo dos negócios, a Igreja Católica sublinha a importância de encarar a gestão como um “serviço” onde deve haver cada vez mais lugar para noções como a “gratuidade” e a “caridade”. (MJ/Agência Ecclesia)













All the contents on this site are copyrighted ©.